sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Galaktobouriko



Trata-se de um doce grego à base de semolina.
Um creme envolto por massa folhada.Esse creme pode ser aromatizado com limão, laranja ou rosa.
Regado com uma calda doce.

Ingredientes:
-1 1/2 litros de leite
-100 gramas de semolina
-300 gramas de massa folhada
-4 ovos
-3 xícaras de chá de açúcar
-1 xícara de chá de água
-1 casca de limão

Modo de fazer:

Em primeiro lugar preparem o creme da seguinte forma: Fervam o leite com uma 1 xícara de chá de açúcar.
Quando começar a ferver, adicionem a semolina pouco a pouco, mexendo até cozinhar a semolina.
Tirem a panela do fogo, batam os ovos por alguns minutos e adicionem ao creme.
Peguem uma forma n.28-30,besuntem com manteiga e coloquem a metade da massa folhada.
Coloquem o creme, dobrem as pontas da massa e cubram com outra camada de massa folhada.
Marquem os pedaços com a faca e coloquem para assar numa temperatura média do forno por uns
30 minutos. Deixem esfriar e preparem a calda da seguinte forma: coloquem 2 xícaras de açúcar, 1 xícara de água e a casca de limão num panela. Quando começar a ferver ,retirem e reguem o galaktoboureko cm essa calda.

OBS: Recomendo a massa folhada Arosa aqui no Brasil.


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Grandes Países?




Hoje, conversando com uma querida amiga grega que já viveu no Brasil, senti algo diferente .
Desde pequena aprendi a admirar a cultura grega, o povo tão altivo e orgulhoso, a noção de cidadania, o saber viver e ser feliz em quaisquer circunstâncias.
Percebi um ar de desesperança  , resultado de uma situação deveras preocupante em que o país se encontra.
Lembrei-me de um texto que escrevi na adolescência que demonstrava o quanto eu sempre admirei a Grécia, onde estão minhas raízes.
Acredito que nenhuma situação, por mais difícil que seja, apagará esse meu "sentir" em relação ao país dos meus pais.
Transcreverei abaixo,exatamente como escrevi, ainda menina, o que a Grécia significa para mim e para muita gente nesse mundão .


 "Grandes Países" são lugar comum nos sonhos de diversas pessoas.
Quais seriam esses grandes países? Os Estados Unidos com toda sua riqueza e poder, o Japão com sua tecnologia, a Itália com sua linda basílica em Roma, o Egito e suas famosas pirâmides? ( a escolha depende do coração de cada um).
O grande país dos meus sonhos, é mínimo em extensão territorial; tem apenas o número de habitantes da cidade de São Paulo, não é dono de riquezas materiais tampouco de armas nucleares, bombas atômicas e foguetes.
O seu patrimônio único é a cultura, a sabedoria com a qual presenteou o mundo todo.
Meu pequeno país gigante lançou bases, construiu alicerces, esparramou raízes culturais desconhecendo fronteiras.
Nenhuma guerra, terremoto ou maremoto conseguiu sequer abalar a herança por ele legada.
Agora, deprezado e desvalorizado por alguns, armazena em si uma magia infinita, visível apenas pelos que possuem o amor no coração e carinho no olhar.
Mesmo sem influência política, sem desenvolvimento, sem grande área territorial, mostra-se presente a todo instante, irradiando "luz" sem distinguir países, raças ou religiões.
A Grécia, sonho real, sobrevive a todos desenvolvimentos tecnológicos tendo como cúmplice, um povo simples, expontâneo, altivo, sem grandes pretensões mas com muita sede de vida.
Bonito é viver ao lado de quem é feliz sem o carro do ano, sem mansões, sem casacos de pele.
Bonito é sentir-se feliz dançando em seu próprio minúsculo quintal, sob um céu estrelado ao som de músicas que fazem ferver cada pedacinho do nosso corpo.
Delicioso é poder sentar-se ao lado dessa gente alegre que valoriza seu direito de gozar a vida.
Gente que goza a vida quando pode conversar com os amigos nas pracinhas ensolaradas, nos cafés, onde as árvores são testemunhas caladas de alegrias e dissabores.
Nem mesmo escravizado pelos otomanos durante quatro séculos, o povo helênico perdeu seu orgulho. Sua cabeça continua ereta. O simples lavrador, o simples cobrador de ônibus, o simples garçom, desconhece a palavra "inferioridade". Falam todos de igual para igual não se incomodando com as camadas sociais.
Não importa ter um carro velho, batendo pinos e mesmo com alguns arranhões. Importa sim, e muito, encher este carro com a família, os amigos e dirigir-se a qualquer praia. O mar cristalino e azul receberá com amor os ocupantes do velho carrinho, com o mesmo amor com que receberá  os "finos" passageiros das Mercedes do ano, dirigidas por motoristas particulares.
O mar límpido, o céu azul e as praias habitadas por pedrinhas coloridas não aprenderam a diferenciar a mão calejada do lavrador da mão macia do rico armador.
Quem não se emocionaria em passar alguns momentos, muitos momentos até, ouvindo velhas estórias contadas por algum singelo pescador perdido em alguma minúscula ilha do acolhedor Egeu?
Essa emoção  só teria como testemunhos o mar de um azul profundo e o céu claro servindo de teto e abrigo para as casinhas caiadas de um branco imaculado.
As ruelas estreitas que dividem as casinhas são armas de defesa lutando para manter os vizinhos unidos, amigos e participantes.
Sinto que estar na Grécia, viver ao lado desse povo de sangue inflamado, de muita fibra-que é confundida com grosseria pelos menos sensíveis- é ter o privilégio de se sentir livre, de evoluir espiritualmente, de participar de uma missão. Estar com esse povo é tentar resolver os problemas que afligem nossas almas e não a política mundial, a economia ou coisa que o valha.
Quando digo participar de uma missão, entendo que o ideal helênico sobrevive e continuará intocável sobrepondo-se a sentimentos menores de ambição, poder, egoísmo e competição.
O mesmo amor e sabedoria que recebemos dos helenos há milênios, poderão ser poderosas armas capazes de decepar mãos que tentam destruir o homem, não o corpo humano, o ser humano.
 Seria eu uma sonhadora naquela época????  Confesso que continuo acreditando em quase tudo que escrevi há algumas décadas atrás. Deve ser mesmo essa herança que não desgruda de mim! Bendita seja!




Trata-se de uma praia em kalamata,cidade do sul da Grécia,que fica em frente a um hotel de luxo.
É permitida a entrada de todos sem distinção e sem cobrança.
Existe uma taxa de 3 euros para alugar cadeira,guarda-sol e mesinha.



terça-feira, 19 de novembro de 2013

As Musas-as damas inspiradoras



Segundo a crença grega antiga, os imortais que estivessem intimamente associados às suas áreas de conhecimento eram as musas. Seriam nove divindades femininas, todas guiadas por Apolo( deus protetor das artes) e cada uma representaria uma área da arte:

-Caliope- a poesia Épica

-Clio- a História

-Erato- a Poesia lírica

-Euterpe- Música de Flauta

-Melpômene- a Tragédia

-Polímnia- os Hinos

-Terpsícore- a Dança e o Coro

-Tália-a Comédia

-Urânia- a Astronomia

         Os gregos antigos acreditavam que a Musa pertinente inspirava diretamente os artistas ao trabalharem nesses campos.É por esse motivo que quase todos os poemas épicos começavam com um pedido do poeta para ser inspirado pela Musa correspondente, nesse caso, Calíope.
          os gregos acreditavam que as Musas moravam no Monte Olimpo e passavam seus dias divertindo os deuses. Ocasionalmente , elas desciam à terra e literalmente "preenchiam" um artista com a sua inspiração.


Fonte: (Os gregos antigos para leigos-Stephen Batchelor)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

"A carne viva"











Entre as muitas crônicas do Affonso Romano De Sant’Anna, a que postarei abaixo parece  homenagear meu querido amigo “virtual”, Vladimir Baptista, um brilhante professor  de grego e ferrenho defensor dos animais. É o amigo que chacoalha a nossa consciência, a cada instante , com suas postagens  de indignação a respeito do” matar e fazer sofrer” os animais ,para nosso bel prazer. Sabe tudo sobre os animaizinhos principalmente os gatos. Se alguém quiser tirar alguma dúvida sobre gatos, disque Help Vlad!

                                                         “A CARNE VIVA”

Hipocritamente durmo na madrugada enquanto bois são abatidos nos frigoríficos da manhã.
Durmo hipocritamente sem ver o sangue que escorre pelas calhas da noite e começam a subir,
Ondeando, pelos pés de minha cama. Durmo sem ver o olhar do boi no matadouro. O olhar. O berro. A morte.
Tapo os ouvidos, mas os grunhidos dos porcos rasgam o pelo da noite. O sangue espirra do
Curral da madrugada e homens ávidos vão desenrolando as tripas da fera, que estrebucha,
Para convertê-las em linguiça que hipócrita e porcamente me serão servidas.
Uma vez contaram-me como se matam gansos na França. Os bois, a gente pode pensar,
Levam aquela pancada súbita na cabeça e desmontam sua carcaça no ladrilho. Mas os
Gansos são cevados, como não se cevam os frangos.
Os frangos sabem que vão morrer nos campos de concentração vigiados pela SS dos
Frigoríficos. Mas os gansos conhecem o martirológio dos santos e penitentes.
Começam a engordá-los. Ou, pior: cevá-los forçadamente. Os frangos, sabemos, são alimentados também artificiosamente; deixam aquelas luzes acesas noite e dia, e eles comendo, bicando, comendo, bicando os segundos, bicando os minutos numa engorda rápida e lucrosa.
Mas os gansos são agarrados à força. E então começa-se, por um funil ou moedor para
que a comida já vá direto para dentro, chegue mais rapidamente ao fígado, que em forma de patê colocarei em minha mesa no fim de semana na casa de campo. Mas não é sobre gansos que estou escrevendo especificamente, e sim, sobre a carne que para mim se prepara na escuridão hipócrita de minha fome.
Na infância de todo mundo (pelo menos no interior e antigamente) havia sempre uma galinha que alguém começou a matar na cozinha. E foi-se cortar o pescoço dela, tendo as asas presas sob os pés contra o ladrilho, e, de repente, ela se soltou. Se soltou e saiu com o pescoço pendurado jogando sangue pelas paredes até fanar-se no degrau para o quintal.
Há quem vá aos restaurantes especializados em peixes, porque quer ver o peixe vivo, o peixe que vai escolher no aquário. E aponta-se com o dedo, “ quero aquele ali”, e se senta à mesa, enquanto na cozinha jogam lagostas vivas na água fervente e champanha espuma sua indiferença na taça dos reis.
Carne deveria dar em árvore.
Mas um dia me mostraram uma árvore que sangra.
Meu caseiro espetava-lhe um prego, arame ou qualquer instrumento torturante, e lá vinha aquela gota vermelha.
Um dia passei sob ela. Suas folhas choravam vermelho sobre mim. Não era chuva radioativa, eram lágrimas de uma árvore em carne viva.
E não faz muito descobriram que os vegetais também são seres humanos. Já ouviram tomate chorar e laranjas terem vertigem  quando colheram uma ao seu lado para a lâmna da morte.
Carne e legumes deveriam cair como maná do céu.
Aquele maná misterioso que choveu sobre o povo perdido no deserto. Pelo menos era assim que antigamente se pensava: a vida alheia era para nos alimentar. Naturalmente. Não hipocritamente, como hoje.
Contudo, a esta hora os açougues na França estão exibindo dependurados em suas portas
Peludos javalis, aves de penas enormes e coloridas, como se tivessem saído de um quadro de natureza-morta dessangrando nosso zoológico sadismo.
E a esta hora estão no Brasil pegando leitõezinhos que, assados, ainda ganham sobre o nariz uma rodela de laranja e aqui e ali azeitonas e outros adereços. E quando postos sobre a mesa nos olham, tão sorridentes e cínicos como nós.
Se mexermos na sopeira com certa convicção, pernas de galinha virão  boiando, num cemitério aquático de dar água no céu da boca dos mais místicos. Os mais sedentos ,é claro, poderão beber o sangue do frango ao molho pardo, já que não basta o sangue condensado nos chouriços.
Hipocritamente me assento numa churrascaria. Bebo um chope junto com a caipirinha e peço voluptuosamente uma picanha. Por que não um churrasco completo? Sim, aceito. E lá vêm os cadáveres eufóricos correndo para o meu prato: tomo a faca, empunho o garfo como um guerreiro tártaro. E como. E rumino. E mastigo. E gosto. O sangue da vítima vai se misturando ao meu civilizadamente. Barbaramente.

O pior antropófago é o que tem remorsos de sobremesa. Eu. E você. Meu hipócrita leitor, meu semelhante, meu irmão.                

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Torta de espinafre com queijo(Spanakopita me tiri)








                    Uma das tortas preferidas pelos gregos é a de espinafre, chamada spanakopita.

                       Numa das versões podemos acrescentar queijo e o resultado é maravilhoso.

                                                                    Ingredientes:

                        - 1 kg de espinafre
                        - 250 gramas de queijo feta ou similar
                        - 2 ovos
                        - 8 cebolinhas frescas
                        - 1 1/2 xícara de chá de óleo
                        - um pouco de endro, sal e pimenta
                        - 250 gramas de massa folhada( pode ser a Arosa)

                                                                 
                                                                   Modo de fazer:

                   Refogar o espinafre e tirar bem a água,deixando bem sequinho. Aquecer a metade do óleo numa panela e refogar as cebolinhas frescas bem picadinhas. Acrescentar o espinafre , o endro e mexer bem.Rretirar do fogo, acresecentar os ovos, o queijo feta ou similar, o sal , pimenta e misturar bem. Untar com óleo uma forma de 35 X 40 cm.Colocar a metade da massa sempre untando-a. Acrescentar o recheio.
Cobrir com o restante da massa. Bata duas gemas , pincele e ponha um pouco de queijo ralado por cima antes de levar ao forno.Se quiser, corte a torta em pedaços e acrescente o restante do óleo.
Assar em forno à 180 graus por aproximadamente 1 hora até que a torta fique dourada..
Servir quente ou fria, de acordo com sua preferência.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Tomatinhos de Santorini



Os famosos tomates de Santorini

Os tomates de Santorini são pequenos como cerejas e super saborosos. São únicos e crescem exclusivamente nessa região. Cientistas agrícolas não estão certos se esse tipo de tomate se acostumou ao clima de Santorini e às condições do solo ou se realmente trata-se de uma espécie única.
A semente foi semeada, pela primeira vez, por um monge cristão chamado Fragkiskos, em 1818 no mosteiro Capuchinhos. A partir de então os tomates cresceram de forma abundante em Santorini. O cultivo do tomate floresceu em Santorini até 1950. Em 1956 houve um terremoto e um baque na produção. Com o aumento do turismo ,os moradores foram abandonando a agricultura e se votando para negócios ligados a ele.
Em Santorini são chamados de “tomataki”=tomatinho.
A melhor época para saborear esses tomatinhos é em  junho, julho e agosto  quando se encontram totalmente amadurecidos.
Esses tomatinhos são usados em vários pratos em Santorini.
Experimentei pizzas com esses tomatinhos e queijo feta que são de lamber os beiços.
Outra delícia feita com tomates de Santorini são os famosos  “tomatokeftedes” =  bolinhos de tomate.
Transcreverei para vocês uma receita típica da região:





“Tomates fritos de Santorini”   -Domatokeftedes
Ingredientes: (para 6 pessoas)
-500 gramas de tomate fresco ralado
-50 gramas de folhas de hortelã fresco picadas.
-1 cebola grande ralada
-2 ovos
-1 xícara de farinha de trigo (ou um pouco mais se necessário)
-óleo para fritar
-sal e pimenta a gosto
Modo de fazer:
Em uma tijela grande , coloque os ingredientes com exceção da farinha. Misture bem com uma colher.
Gradualmente comece a adicionar a farinha, sempre mexendo para obter uma massa lisa.
Que não seja nem muito rala , nem muito grossa.
Com uma colher de sopa, pegue uma porção da massa de cada vez e despeje-a no óleo quente da frigideira. Frite os bolinhos por alguns minutos, virando-os com uma espátula.
Escorra-os, a seguir sob um papel toalha para tirar o excesso de óleo e sirva-os ainda quentes.

(receita de  Andrea Lissa Zuniga Orig)

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Kalamata



Kalamata
Anteriormente chamada de kalamai, Kalamata é a segunda cidade mais populosa do Peloponeso, no sul da Península da Grécia. É a capital de Messinia
Fica a 238 km de Atenas e tem uma população fixa de mais ou menos 70.000 habitantes.
Porém, é uma cidade de grande movimento onde 100.000 pessoas circulam por dia.
Kalamata é conhecida por suas azeitonas suculentas e escuras, pela dança “kalamatiano”(dança de roda que usa lenços), pelos figos , pelo mel de maravilhosa qualidade.
Um dos seus principais doces é o “pasteli”(feito à base de mel e coberto com gergelim).
                           


                                     Azeitonas gregas de Kalamata acompanhadas do queijo feta

                                         Pasteli-doce típico da cidade à base de mel e gergelim


Possui um porto muito importante e um aeroporto internacional.
De lá há ferries para Ilhas de Creta e Citera.
Há extensas praias e um mar azul límpido.
O clima é muito quente no verão e os invernos são úmidos e suaves.
O que mais me encanta são os restaurantes, bares e cafés espalhados à beira-mar.
Todos confortáveis e com tira gostos e menus deliciosos.

                                                  Praias de kalamata com toda infraestrura

                                             Pikilia=delícias que você pode apreciar na praia


Kalamata ,por 19 anos tem sediado um importante Festival de dança, mesmo com as adversidades atuais.
Mantendo-se fiel aos objetivos e sua contribuição duradoura para a vida artística do país, o  Festival de Dança de Kalamata é organizado pelo Centro Internacional de Dança Kalamata , sob a direção artística de Vicki Marangopoulos .
O Festival de Dança de Kalamata tem sido caracterizada como um modelo , ganhando elogios por sua atuação exemplar, o desenvolvimento sustentável e a sua rota estável, o que o coloca em um lugar de destaque entre os festivais europeus de dança e os principais eventos culturais da Europa. Consegue criar um canal de comunicação entre o cenário grego e  internacional da dança.
Confiram:http://pt.euronews.com/2013/07/26/festival-internacional-de-danca-de-kalamata/


Sou muito suspeita para falar dessa cidade, já que minhas raízes maternas estão nela. Sinto-me acolhida e acarinhada nessa linda cidade, onde os aromas são marcantes, os “tons” inebriantes e o povo alegre e receptivo.



sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Pastitsio



Pastitsio é um dos pratos típicos da Grécia mais consumidos. Em todos os restaurantes gregos, é um dos mais pedidos por turistas e mesmo pelo povo nativo. Nas casas , as famílias costumam fazer com bastante frequência.

Uma boa sugestão para o almoço de domingo. Basta acompanhá-lo com uma salada verde.


Ingredientes-(para 8 pessoas)

-800 gramas de macarrão bem grosso daquele com furo no meio.
-500 gramas de carne moída.
-2 cebolas médias.
-1 colher de tomatinhos pelados.
-1 xícara de chá de manteiga.
-3 ovos.
-1 xícara de chá de queijo ralado.
-8 colheres de sopa de farinha.
-4 xícaras de chá de leite frio.
-sal, pimenta
-um pouco de noz moscada  ralada.

Modo de fazer

Junte a carne moída com as cebolas picadas e 2 colheres de manteiga. Adicionem o sal, pimenta, a noz moscada e os tomates previamente passados na peneira. Deixem cozinhar a carne moída com o molho.
Cozinhem o macarrão em bastante água com sal por 15 minutos. Coem o macarrão e daí preparem o molho bechamel da seguinte forma: coloquem 6 colheres de manteiga numa panela. Quando derreter, acrescentem a farinha e mexam com colher de pau e adicionem o leite frio. Mexam sem parar até tomar fervura e então tirem a panela do fogo.Temperem com sal e pimenta, batam os ovos e joguem e acrescentem no bechamel e
logo a seguir, o queijo ralado.
Numa forma tamanho 24-28, previamente untada com manteiga, coloquem a metade do macarrão, adicionem um pouco de queijo ralado e por cima acrescentem uma camada de carne moída. Depois coloquem o restante do macarrão e por cima o molho bechamel. Ajeitem com uma faca.Acrescentem  o restante do queijo ralado e levem ao forno para assar.




quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Os significados diferentes do amor na vida do homem e da mulher



Depois de ler um texto sobre esse tema no livro  “Todo Poder às mulheres”(Esperança de Equilíbrio para o mundo), fiz alguns questionamentos e concluí  que muito do que se diz à respeito da entrega total da mulher , quando ama, já não é verdade absoluta.
À partir de uma colocação de Nietzsche, podemos refletir a respeito.
Segundo ele: “A mesma palavra amor significa duas coisas diferentes para o homem e para a mulher. O que a mulher entende por amor é bastante claro: não é apenas dedicação, é um dom total de corpo e alma, sem restrição, sem nenhuma atenção para o que quer que seja. É essa ausência de condição que faz de seu amor uma fé, a única que ela tem. Quanto ao homem, se ama uma mulher, é esse amor que quer dela; ele está portanto muito longe de postular para si o mesmo sentimento que para a mulher; se houvesse homens que experimentassem também esse desejo de abandono total, por certo não seriam homens”.
Ninguém duvida que , na maioria das vezes , o amor e as relações afetivas  tenham maior valor na vida da mulher do que na do homem.  Daí mora o perigo. Não me parece saudável  que, em nome desse amor , a mulher esqueça de todo o resto e se sacrifique de todas as formas. Dessa forma os homens acabam acreditando que sempre que a mulher se apaixonar , se submeterá à sua vontade lhe outorgando total poder sobre ela.
Vemos ainda hoje muitas mulheres agindo dessa forma mas, felizmente, a coisa está mudando.
Mesmo dando grande valor ao amor, a mulher já passa  a preservar sua individualidade, independência e capacidade de ação, de modo mais racional.
Da mesma forma, o homem que se entrega mais aos sentimentos, às questões afetivas e ao amor, não deixa de ser homem.
Segundo Marco Aurélio Dias da Silva, médico,especializado em cardiologia e medicina psicossomática:   "Os homens, no auge das paixões, tendem a se comportar com maior arrebatamento do que as próprias mulheres e, pela força dessa paixão, são capazes de esquecer todo o resto. Mas é algo eminentemente transitório e que costuma durar até a sensação de posse da mulher amada. E, mesmo durante o transe, a entrega não é total. O que pode o homem apaixonado  querer é possuir, anexar, integrar a mulher amada em sua vida, e não dedicar a ela a vida inteira”.
Isso costumava acontecer e ainda acontece mas acredito que se o homem se sentir desobrigado a ser o “macho”, puder ser mais livre, também será capaz a se entregar mais ao amor.

Talvez possamos vislumbrar um futuro em que o homem poderá ser mais doce , ter menos sede de poder e mais disposição à entrega.


                                                Será esse um jargão apenas?



quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Loukoumades-bolinhos de chuva estilo grego



                                                         Tarde cinza,chuviscos,friozinho.
                        Que tal uns Loukoumades??? É uma espécie de bolinho de chuva, à grega.
      Trasncrevo para vocês uma receita descomplicada:

Ingredientes para 25 loukoumades:

-2 pacotes de fermento biológoco seco

-1 xícara de água quente
-1/2 xícara de leite morno
-1/4 de xícara de açúcar branco
-1 colher de chá de sal
-1/3 de xíxara de manteiga derretida
-3 ovos
-4 xícaras de farinha de trigo
-1/2 xícara de mel
-1/2 xícara de água
-4 xícaras de óleo vegetal
-2 colheres de chá de canela em pó


Mode fazer



1       Polvilhe o fermento sobre a água morna em uma tigela pequena. A temperatura da água não deve passar dos 40 graus celcius  Deixar repousar durante 5 minutos até que o fermento amoleca e começea a  formar uma espuma cremosa.
     -Em uma tigela grande, misture o leite morno, o açúcar eo sal,misturando para dissolver. Despeje a mistura do fermento na mistura de leite e misture bem.
2   -  Bata a manteiga, ovos e farinha até que a mistura forme uma massa macia lisa. Cubra a tigela e deixe crescer até dobrar de volume, cerca de 30 minutos. Mexa bem a massa, cubra e deixe crescer mais 30 minutos.
3     -Misture mel e 1/2 xícara de água em uma panela e leve para ferver em fogo médio-alto. Desligue o fogo e deixe a calda de mel fresco.
4   -  Aqueça o óleo em uma panela profunda ou fritadeira. Pegue 2 colheres de sopa por vez,solte-a na sua palma da mão molhada e volte para a colher para criar uma forma meio redonda. Soltar as bolas de massa no óleo quente em lotes. Cada vez que fizer as bolas de massa, molhar antes a colher.Fritar e depois deixar escorrer em papel toalha.Coloque os loukoumades em uma travessa, regue-os com a calda de mel e polvilhe canela.

Fonte:All recipes.




quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Soutzoukakia da Tia Aristea




 Hoje a querida amiga Catherine  Papalexiou Marchese   pediu-me a receita de Soutzoukakia.
Coisa boa ela lembrar dessa delícia!
Logo me veio à mente minha Tia Aristea,  que me hospedava, quando eu ficava em Atenas.
Essa era sua especialidade entre outras. Voltou o filme!  Modelava com suas mãozinhas pequenas e bem fofinhas a carne moída, super bem temperada, para depois preparar a “maravilha” com todos os detalhes. Que saudade dela que nos deixou há uns 3 ou 4 anos atrás. Fiquei  órfã de uma tia amada e de uma das  melhores cozinheiras que já encontrei.
Há várias maneiras de preparar Soutzoukakia.Ela mesma preparava em duas versões que lhes passarei  em seguida. Outras mais são possíveis.

Ingredientes para 4 pessoas:
-1/2 kg de carne moída
-1 fatia de pão amanhecido sem casca
-4 dentes de alho
-1 colherzinha de sobremesa de colminho
-1 lata de tomatinhos pelados
-3 colheres de manteiga
-1 pauzinho de canela
-6 colheres de sopa de vinagre
-sal e pimenta  à gosto.

Modo de fazer:
Colocar a carne moída numa tigela com a fatia de pão molhada e adicionar sal, pimenta, os alhos picados ,o colminho .
Depois de misturar bem esses ingredientes,  moldar como se fossem uns kibezinhos,meio cilíndricos.Fritar com o óleo (lá só usam azeite).

Em uma panela, coloquem os tomatinhos, depois de tê-los passado na peneira.
Acrescentar a manteiga, a canela em pau, um pouco de sal e um tiquinho de açúcar.
Deixar ferver o molho e acrescentar  “ta  soutzoukakia”  ,que seria a carne moída modelada, adicionando um pouco de água. Deixar ferver por uns 15 a 20 minutos.

Lembro-me que minha tia não fritava os soutzoukakis, para evitar muita gordura. Preferia colocar naquelas panelas elétricas com gril para que a gordura escorresse.
Colocava-os em uma travessa e acrescentava o molho.
Outra alternativa é assar no forno em temperatura de 180 graus e depois acrescentar o molho.
Fica uma delícia também  sem molho.
Acompanhe com arroz branco .

CURIOSIDADE:
A palavra soutzoukaki tem origem turca “soutzouk”.Seriam espécies de almôndegas em forma de kebabs. Sua origem é Smyrni ou a moderna Izmir.

Esse prato foi adotado pelos gregos como um dos favoritos.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Tirokafteri-dip de queijo feta com pimenta



           Para quem aprecia cremes,patês e dips picantes, aqui está um dip delicioso com queijo feta.

Ingredientes:

-500 gramas de queijo feta ou queijo de consistência semelhante
-1 pimenta picante
-4 colheres de sopa de azeite de oliva
-1 colher de sopa de vinagre
-1/2 colher de chá de orégano

Modo de fazer:

Coloque o queijo feta em uma tigela com água. Deixe descansar por uma hora.
Grelhe ou frite a pimenta, retire as sementes e corte em pedaços
Coloque os pedaços do queijo feta numa tigela de batedeira, adicione a pimenta em pedaços e comece a bater adicionando o vinagre e , gradualmente, o azeite de oliva
No final, adicione o óregano e mexa.
Pode ser mantido na geladeira por 5 dias.

sábado, 7 de setembro de 2013

A Kombi do nono

 







             Há alguns dias, anunciaram o fim da fabricação de Kombis.
             Logo puxei na memória para ver se eu havia andado em alguma.
             Feliz, lembrei-me da "Kombi do nono". Nono significa padrinho em grego.
             A kombi era do nono do meu irmão. Ahh...pensam q era uma simples Kombi?
             Nada disso: tratava-se de  uma Kombi especial equipada com pia, mesinha .
             Partíamos felizes, nós as crianças das famílias, todas, reunidas na super Kombi.
             Destino: Santos, praia. Estrada: a sinuosa e acidentada velha estrada de Santos.
             A paisagem era um sonho. Muito verde e até quedas de água.
             O mais interessante  nisso tudo é que , naquela época , os carros paravam na serra
             para esfriar o motor, os passageiros descansavam e tomavam água fresquinha direto da fonte!
             Bem mais emocionante do que a descida de hoje em dia para o litoral.
             Hoje uma horinha , no máximo, quando não há trânsito, e lá chegamos.                  
             Falávamos em "viagem" a Santos. Hoje falamos em "pulinho" até Santos!
           

             Que sorte a minha de ter um irmão que tinha um nono que tinha uma Kombi equipada!












quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Kolokithokeftedes=bolinhos de abobrinha




O nome dos bolinhos parece difícil demais mas fazê-los é bem simples.



Ingredientes: (para 10-12 pessoas)

1 kg de abobrinhas
-200 gramas de queijo feta ou queijo de sua preferência
-1/2 xícara de chá de queijo ralado
-2 batatas cozidas amassadas
-3 ovos
-um pouco de hortelã, sal e pimenta
-2 torradas raladas
-farinha de trigo
-óleo para fritura



Modo de fazer:

Descascar e lavar as abobrinhas. 
Ralar e salgar.
Deixar por uma hora e depois espremer bem.
Bater um pouco os ovos.
Num recipiente com as abobrinhas raladas, adicionar a feta ou quejo que escolher, o queijo ralado, as batatas, as torradas, a pimenta e uma colher de sopa de farinha de trigo.Misturar tudo.
Com essa mistura, façam os bolinhos, passem na farinha e fritem.
Ficam deliciosos com tzatziki ( creme de pepinos com iogurte)













sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Taramosalata=Dip de ovas de peixe




              Taramosalata é um creme feito de ovas de peixe salgado e curado.Pode ser bacalhau ou carpa.
Essas ovas são vendidas como o caviar mas não tão caro.Com uma pequena porção ,obtemos uma boa quantidade de creme.rende bem.Pode ser a de cor meio coral ou a branca.
Podemos fazer esse creme com pão ou com batatas.Passarei aqui a receita usando pão que é a básica.
Esse creme é usado como aperitivo.


Ingredientes: (para 6 pessoas)

-150 g de taramá
-5 fatias de pão amanhecido(miolo)
-1 cebola grande ralada
-2 limões (suco)
-2 xícaras de azeite

Modo de fazer:
Coloque o taramá no liquidificador e bata por alguns minutos.Enquanto isso molhe as fatias de pão e esprema bem para tirar toda a água.Adicione ao taramá que estará batendo no liquidificador.Vá colocando pouco a pouco o azeite, a cebola e o suco de limão.
Coloque num prato,jogue um pouco de azeite por cima e enfeite com azeitonas.






quinta-feira, 29 de agosto de 2013

"Uma coisa é uma coisa, outra coisa é a mesma coisa"

 

Foi lançado o novo livro de Maitê Proença com um título  "doidinho" que me despertou curiosidade.
Elaborado com textos de autores anônimos e alguns conhecidos, todos com um toque de comicidade.
Entre tantos textos do livro "É DURO SER CABRA NA ETIÓPIA", escolhi o de E.Donah ,"Uma coisa é uma coisa, outra coisa é a mesma coisa" que transcrevo abaixo:



             Pobre sempre diz prédio.
             Bacana diz edifício ou condomínio vertical.

            Pobre chama tudo de borracha.
            Bacana diz que é mangueira.

            Pobre recebe carta(geralmente contas a pagar)
            Bacana recebe correspondência.

            Há coisas que para o pobre é tudo tranqueira.
            Mas para um bacana elas podem ser objetos recicláveis.

            Pobre faz barba com gilete.
            Bacana usa aparelho de barbear(de preferência, elétrico)

            Quase todo pobre ouve música brega.
            Mas bacana de mau gosto ouve sertanejo universitário.

            Na casa do pobre falta tudo, inclusive luz.
            Na do bacana não falta nada e até sobra energia elétrica.

            Pobre diz, com a aprovação do MEC, "nós pega os peixe".
            Bacana vai ao restaurante e pede salmão.

            Pobre, gente diferenciada, mora na periferia.
            Bacana, gente endinheirada, sempre que pode, mora em Higienópolis.

            Pobre que cobra caro pra cortar a grama do nosso jardim é ladrão.
            Bacana que mete a mão no dinheiro público é consultor.

            Por eças e ostras é que, em toda parte, material genético de pobre é porra mesmo.
            Mas quando é de um ex-bacana do FMI, feito o Dominique Straus-Kahn, então é DNA.


Há textos super interessantes e originais e outros nem tanto.Há coisas que já lemos na internet há algum tempo mas, no geral, é divertido.O formato, a diagramação são super originais e nos fazem querer descobrir algo diferente a cada página.

                                           
           

           

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

"Criação do Alfabeto Grego"




          Se você falasse grego, praticamente todos os habitantes do Mediterrâneo poderiam entendê-lo. Parte do motivo para isso é que , por volta de 750 a.C, os gregos começaram a usar a escrita para registrar os contratos e as transações comerciais. Ao fazer isso, acabaram apresentando um método para reproduzir os sons da sua linguagem em símbolos. O resultado foi o alfabeto grego antigo.


O alfabeto grego antigo era composto de 24 símbolos que representavam letras ou grupos de letras. 
      O alfabeto grego antigo era fortemente influenciado pelo mundo ocidental e pela Mesopotâmia antiga.
      De fato, inicialmente, os gregos faziam a sua escrita da direita para a esquerda, como o árabe moderno. Entretanto, durante o período clássico, quando foram produzidos muitos dos grandes textos da literatura, os gregos já tinham adotado o estilo da escrita da esquerda para a direita, familiar aos falantes do português.
se olharmos a versão de um texto grego antigo, ele inclui acentos e sinais para sugerir que devemos deixar espaços para respirar enquanto o lemos em voz alta. Isso tudo são acréscimos modernos. À princípio, os gregos não usavam pontuação (ela foi desenvolvida durante o Período Helenístico). Vejam bem, eles inventaram a escrita da maneira como a conhecemos , acho que podemos perdoá-los por pular as vírgulas 
e os pontos finais! Os gregos usavam espaços entre as linhas do diálogo para indicar uma mudança de falante. O sistema era conhecido como "paragraphos", origem da palavra em português.
O grego antigo era uma linguagem fonética (as letras do alfabeto representavam um único som), mas determinados traços distintos eram usados, especialmente nas vogais.



Fonte: "Os gregos antigos para leigos"-Stephen Batchelor


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Banana caramelada com suspiro

               
                                  Adoro suspiros. Adoro bananas. Irresistível a mistura de ambos.

Encontrei uma receita deliciosa e resolvi transcrever para vocês!

Por Livia Amaral   
Ingredientes
  • 5 bananas nanicas cortadas ao comprido
  • 2 xícaras (chá) de açúcar
  • 2 xícaras (chá) de água
  • 3 claras
Modo de preparo
  • Pré aqueça o forno a 180ºC (temperatura média).
  • Em uma panela média, coloque metade do açúcar.
  • Leve ao fogo médio e, quando formar um caramelo, abaixe o fogo.
  • Com cuidado, coloque a água de uma vez.
  • Mexa até dissolver.
  • Acrescente as bananas e cozinhe no caramelo por cerca de 5 minutos.
  • Desligue o fogo e tampe a panela.
  • Transfira as bananas caramelizadas para um refratário.
  • Reserve
  • Na batedeira, bata as claras até o ponto neve.
  • Acrescente o açúcar restante e continue batendo até formar um creme firme
  • Espalhe as claras batidas sobre as bananas e leve o refratário ao forno pré aquecido.
  • Deixe assar até o suspiro começar a dourar.
  • Retire do forno e sirva quente.


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Galatopita=torta de leite





Ingredientes:
- 2 litros de leite fresco
-2 1/2 xic.de chá de semolina.
-2 1/2 xíc. de chá de açúcar
- casca de limão
- 2 grãos de baunilha
- 4 ovos
- 2 colheres de sopa de manteiga
-Para enfeitar: 3 colheres de sopa de açúcar
- 1/2 colher de chá de canela.
  • 2 colher de chá decanel

Execução
1. Coloque o leite para ferver com 1/2 xícara de açúcar, a manteiga e a casca. Uma vez que começa a ferver, adicione lentamente a semolina, mexendo com uma colher de pau para evitar que grudem.
2. Uma vez que a mistura engrosse, retire-a do fogo. Bata os ovos com o açúcar e a baunilha e despeje na mistura ainda  quente, mexendo rapidamente .
3. Na assadeira untada ,30 centímetros, despeje a mistura e leve ao forno a 170 º C, em forno pré-aquecido, por 45 mns até dourar.
4. Corte em pedaços  e polvilhe com o açúcar granulado e canela.

Tempo de preparo: 10 minutos
O tempo de cozimento: 45 minutos

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Para que ninguém quisesse




             É bem curioso o que acontece com as pessoas.
             Alguém encontra outro alguém e se encanta .Se encanta com a beleza,o charme,a simpatia,o sorriso,a inteligência.....
             Começa então o jogo da sedução até que acabam juntos.
             Não demora muito e aquele que se encantou pelo jeito do outro, logo quer modificar aquilo que ele tanto gostou e que o atraiu.Aos poucos consegue tirar todo o brilho que um dia o atraíra.Sem o brilho,ele próprio se desencanta.Vai entender o egoísmo e a "burrice" de certos indivíduos.
              É exatamente sobre isso que Marina Colasanti fala em seu lindo texto que transcrevo abaixo:

 Para que ninguém a quisesse
Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jóias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. À noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos.
Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.