sábado, 29 de junho de 2013

"Erros,virtudes-Inveja"




Segundo o filósofo Nietzsche, "As pessoas nos castigam por nossas virtudes. Só perdoam sinceramente nossos erros"
Pensando bem e "filosofando" um pouco isso não deixa de ser verdade.
O contrário do Amor não é o ódio, mas a indiferença. Quem parece nos detestar nutre, no fundo, uma admiração oculta por nós. A inveja funciona da mesma forma. A fúria do invejoso sempre se direciona para um êxito.
Schopenhauer, filósofo que inspirou Nietzsche, afirmou o seguinte a esse respeito: "A inveja dos homens mostra quão infelizes eles se sentem e a atenção constante que dão ao que fazem os demais mostra como sua vida é tediosa".
Isso não quer dizer que não devemos tomar cuidado com os invejosos, que, cegos pela paixão negativa não resolve nada - ninguém reconhece essa disfunção emocional-, o mais sensato é evitar envolver o ivejoso em nossos planos, pois sua tendência inconsciente será tentar nos boicotar.
Quando falamos sobre um projeto promissor a uma pessoa dessas, ela logo trata de apontar as falhas para nos desanimar, para que não sigamos adiante. Por esse mesmo motivo, convém ocultar nossos êxitos sempre que possível. Dessa forma poupamos sofrimento e evitamos a carga emocional negativa que poderia nos atingir.

Depois de ler a esse respeito, percebi que, minha mãe,que nunca leu Nietzsche, sempre esteve certa quando me dizia e, continua dizendo, que não devo comentar sobre meus planos, projetos porque pode entrar "areia" e dar tudo errado.Sábia!rsrsrs.

Por essa e por outras, não custa nada nos munirmos dos nossos amuletos! Escolham e BOCA CALADA!

(fonte:Allan Percy em "Nietzsche para estressados)



Não é à toa que os gregos, desde a antiguidade se protegem com o olho grego.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

RIZOGALO=ARROZ DOCE




                       

                         
                                                   Ingredientes


·                                                                                                                                        6 copos de leite
·                                                                                                                                        1 1/2 xícaras de açúcar
·                                                                                                                                        1 xícara de arroz
·                                                                                                                                       4 colheres de sopa de farinha de milho
·                                                                                                                                       2 colher de chá de extrato de baunilha
·                                                                                                                                       3 xícaras de água

·                                                                                                                                     Para decorar: canela


Instruções

Começamos por lavar o arroz e coar
Em uma panela coloque a água para ferver e adicione o arroz. Mexa e deixe cozinhar em fogo baixo por cerca de 18-20 minutos, com tampa, até que o arroz esteja macio e a água tenha sido absorvida.
Enquanto isso, coloque em uma tigela o açúcar, 5 xícaras de leite e misture bem.
Enquanto mexe com uma colher de pau, despeje a mistura de leite na panela e continue mexendo, até que venham a ferver. Adicione a farinha de milho dissolvida no leite restante e continue mexendo em fogo baixo, até que a mistura engrosse.
Retire a panela do fogo, adicione o extrato de baunilha e misture bem.


Sirva o rizogalo quente ou frio, decorado com canela.

                          


                                                

quarta-feira, 26 de junho de 2013

"Fakes=lentilhas"


Nos dias mais frios, nada melhor do que as sopinhas e pratos que nos aquecem.
É o caso das lentilhas,muito consumidas pelos gregos no inverno. Trata-se de uma receita muito simples e não trabalhosa.



Ingredientes: (para 4 porções)

1 cebola picada

  1. 1
    Ferva um copo de água e adicione as lentilhas. Cozinhe por 2-3 minutos e depois escorra as lentilhas.Dessa forma, a sopa fica mais leve!
  2. 2
    Coloque na panela bastante água morna e acrescente as lentilhas. Coloque a cebola, as folhas de louro, o alho eo tomate. Ferver em fogo alto com a panela tampada, durante 10 minutos. Adicione o óleo, o sal e a pimenta a gosto. Continue a ferver durante 30 minutos.

    Depois de servidas no prato, adicione um fio de azeite de oliva.
    Pode acompanhar com pão e azeitonas.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Um toque de nostalgia




Esse toque de nostalgia vem das minhas memórias de infância.
Vem junto a saudade imensa do meu pai, de origem grega, que me iniciou no idioma grego .
Nunca me esquecerei da cartilha grega que ele usou para me mostrar o alfabeto e a formar sílabas e frases.
Tenho certeza que muitos gregos e descendentes já viajaram por essa cartilha.
Quando crianças, parece que tudo é mais fácil. Logo eu estava lendo a cartilha e ele, todo orgulhoso.
Agradeço demais sua paciência, o que hoje me faz capaz de entender melhor minhas origens.
É maravilhoso chegar à Grécia, poder me comunicar com todos familiares e me sentir acolhida já que, para o Brasil, só vieram meus pais, grandes aventureiros corajosos.
Melhor ainda é poder ler autores gregos , que admiro, no idioma original.
Quando minha filha nasceu,meu pai que passava alguns meses do ano na Grécia e outros no Brasil, providenciou vários livrinhos infantis e a mesma cartilha,numa edição mais atual mas com os mesmos desenhos.
Nela ele iniciou a Katherine mas, infelizmente , ele nos deixou. Agora preciso completar essa tarefa.


Viagem como eu fiz um dia!




quinta-feira, 13 de junho de 2013

Dias Comuns



        Costumamos dizer que a rotina e a mesmice é entediante. Realmente é mas também pode significar tranquilidade.
        Lembrei-me de um ex-cunhado que vivia dizendo:”-Como eu adoraria viver numa rotina”. Isso porque o coitado vivia sempre com problemas e sobressaltos. O seu maior desejo é que tivesse um dia após o outro sem grandes “surpresas”.
        Veio-me à mente o texto do Luiz Eduardo Machado: “Dias comuns”, que tem tudo a ver.

Transcrevo abaixo! Confiram!





         “No final do dia, o marido se dirige à esposa e diz: ‘Hoje foi um daqueles terríveis dias comuns.”

É importante refletir sobre como temos uma visão errada sobre os

“dias comuns”. Dias comuns são aqueles dias em que tudo foi exatamente como

 sempre havia sido antes.

 Normalmente eles são reconhecidos como tediosos e

maçantes. Todavia prefiro observar os “dias comuns” de forma diferente (até 

porque a maior parte dos nossos dias são “comuns”

porque a maior parte dos nossos dias são “comuns”, se eles forem chatos, a 

nossa vida tende a ser uma chatice só!)

 Para mim, os dias comuns têm grande valor. Quer ver?

 Nos dias comuns eu não estou doente nem estou com dor (quando tenho 

alguma dor, o dia não é comum).

 Nos dias comuns ninguém que eu amo faleceu ou está muito doente ( quando 

alguém que eu amo está sofrendo, os dias não são comuns).

 Nos dias comuns não perco o meu emprego, nos dias comuns a

minha vida não está envolvida em nenhum escândalo ou catástrofe.

 Nos dias comuns as pessoas que eu amo também me amam e não estão “de

 mal” comigo, nos dias comuns eu não passo fome e nem frio.Nos dias comuns 

eu não participo das guerras e nem vejo a mortebem perto de mim, nos dias 

comuns o sol não provocou uma seca e nem a chuva provocou uma enchente.

 Nos dias comuns não sou assaltado nem sequestrado, nos dias comuns os 

amigos não me traem, nos dias comuns não sou sobressaltado nem 

sequestrado, nos dias comuns os amigos não me traem, nos dias comuns eu 

estou em paz.
        Viu? Dias comuns podem se tornar tediosos, mas dias “especiais”
não comuns)
podem ser muito difíceis e sofridos. Por isso, prefiro os dias comuns e
escolho valorizá-los.
Há alguns dias tive um problema de saúde. Passei mal e tive dor.
Nesse momento, fiquei lembrando do dia anterior...um “dia comum”.
No ordinário dos “dias comuns” eu vejo a mão de Deus. Por isso sou
grato pela beleza dos “dias comuns”.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Amadurecimento



        Nessa semana,com a aproximação do Dia dos Namorados, refleti sobre o que realmente se espera de um amor.Lembrei-me de algo que havia lido sobre o tema.Transcrevo abaixo para vocês e adoraria que comentassem.

Amadurecimento - Mário Quintana*
Aprenda a gostar de você. 
A cuidar de você e principalmente a gostar 
de quem também gosta de você... 
A idade vai chegando e com o passar do tempo 
nossas prioridades na vida vão mudando... 
A vida profissional, a monografia de final 
de curso, as contas a pagar. 
Mas uma coisa parece estar sempre presente... 
A busca pela felicidade com o amor da sua vida. 
Desde pequenos ficamos perguntando: 
"Quando será que vai chegar?" 
E a cada nova paquera, vez ou outra, nos 
pegamos na dúvida:"Será que é ele?" 
Como dizia meu pai:"Nessa idade tudo é 
definitivo", pelo menos a gente achava que era. 
Cada namorado novo era o novo homem da sua vida. 
Faziam planos, escolhiam os nomes dos filhos, 
o lugar da lua-de-mel e, de repente... plaft! 
Como num passe de mágica, ele desaparecia 
fazendo criar mais expectativas a respeito 
"do próximo". 
Você percebe que cair na guerra, quando 
se termina um namoro, é muito natural, 
mas que já não dura mais de três meses. 
Agora você procura melhor e começa 
a ser mais seletiva. 
Procura um cara formado, trabalhador, 
bem resolvido, inteligente, com aquele papo 
que a deixa sentada no bar o resto da noite. 
Você procura por alguém que cuide 
de você quando está doente. 
Que não reclame em trocar aquele churrasco 
dos amigos pelo aniversário da sua avó. 
Que jogue "imagem e ação"e se divirta como 
uma criança, que sorria de felicidade quando 
te olha, mesmo quando está de short, 
camiseta e chinelo. 
A liberdade, ficar sem compromisso, sair 
sem dar satisfação já não tem o mesmo 
valor que tinha antes. 
A gente inventa um monte de desculpas 
esfarrapadas, mas continuamos com 
a procura incessante por uma pessoa 
que seja realmente legal. 
Enquanto tivermos maquiagem e perfume, 
vamos à luta... 
E haja dinheiro para manter a presença 
em todos os eventos da cidade: 
churrasco, festinhas, boites na quinta-feira. 
Mas o melhor dessa parte é se divertir 
com os amigos. 
Rir até doer a barriga. 
Fazer aqueles passinhos bregas 
de antigamente, curtir o som. 
Olhar o teto, cantar bem alto 
aquela música que você adora. 
Com o tempo, você vai percebendo que 
para ser feliz com uma outra pessoa você 
precisa em primeiro lugar: 
não precisar dela. 
Percebe também que aquele cara que você ama 
ou acha que ama, e que não quer nada com você, 
definitivamente não é o homem da sua vida. 
Você aprende a gostar de você. 
A cuidar de você. 
E principalmente a gostar de quem também 
gosta de você. 
O segredo é não correr atrás das borboletas... 
É cuidar do jardim para que elas venham 
até você. 
No final das contas, você vai achar, 
não quem você estava procurando, 
mas quem estava procurando por você.



sexta-feira, 7 de junho de 2013

"Envelhecer com mel ou fel"


Refletindo sobre o tempo, sobre os anos que venho ganhando, encontrei algumas respostas nesse texto maravilhoso do Affonso Romano De Sant’Anna: “Envelhecer : com mel ou fel?”
Que eu  consiga atingir a serenidade e a sabedoria para aceitar as limitações que hão de vir,sem que isso me torne menos feliz.
Se observarmos os animais,a natureza, certamente teremos grandes lições.
Segue abaixo a crônica:

“Conheço muitas pessoas que estão envelhecendo mal. Desconfortavelmente. Com uma infelicidade crua na alma. Estão ficando velhas, mas não estão ficando sábias. Um rancor cobre-lhes a pele, a escrita e o gesto. São críticos azedos, aliás estão ficando cítricos sem nenhuma doçura nas palavras. Estão amargos. Com fel nos olhos.

E alguns desses, no entanto, teriam tudo para ser o contrário : aparentemente tiveram sucesso em suas atividades. Maior até do que mereciam. Portanto a gente pensa : o que querem? Por que essa bílis ao telefone e nos bares ? Por que esse resmungo pelos cantos e esse sarcasmo que se pensa humor ? Isto está errado. Errado, não porque esteja simplesmente errado, mas porque tais pessoas vivem numa infelicidade abstrusa. E, ademais, deveria-se envelhecer maciamente. Nunca aos solavancos. Nunca aos trancos e barrancos. Nunca como alguém caindo num abismo e se agarrando nos galhos e pedras, olhando enquanto despenca. Jamais também, como quem está se afogando, se asfixiando ou morrendo numa câmara de gás.

Envelhecer deveria ser como plainar. Como quem não sofre mais (tanto), com os inevitáveis atritos. Assim como a nave que sai do desgaste da atmosfera e vai entrando noutro astral, e vai silente, e vai gastando nenhum-quase combustivel, flutuando como uma caravela no mar ou uma cápsula no cosmos.

Os elefantes, por exemplo, envelhecem bem. E olha que é uma tarefa enorme. Não se queixam do peso dos anos, e nem da ruga do tempo, e , quando percebem a hora da morte, caminham pausadamente para um certo lugar - o cemitério dos elefantes, e aí morrem, completamente, com a grandeza existencial só aos sábios permitida.

Os vinhos envelhecem melhor ainda. Ficam ali nos limites de sua garrafa, na espessura de seu sabor, na adega do prazer. E vão envelhecendo e ganhando vida, envelhecendo e sendo amados, e, porque velhos, desejados. Os vinhos envelhecem densamente. E dão prazer.

O problema da velhice também se dá com certos instrumentos. Não me refiro aos que enferrujam pelos cantos, mas a um envelhecimento atuante como o da faca. Nela o corte diário dos dias a vai consumindo. E no entanto, ela continua afiadíssima, encaixando-se nas mãos da cozinheira como nenhuma outra faca nova.

Vai ver, a natureza deveria ter feito os homens envelhecerem diferente. Como as facas, digamos, por desgaste, sim, mas nunca desgastante. Seria uma suave solução: a gente devia ir se gastando, se gastando, se gastando até se evaporar. E aí iam perguntar: cadê fulano? E alguém diria: gastou-se foi vivendo, vivendo, e acabou. Acabou, é claro, sem nenhum gemido ou resmungo. 

Isto seria muito diferente de ir envelhecendo por um processo de humilhações sucessivas, como essa coisa de ir deixando rins, pulmões, dentes e intestinos pelas mesas de cirurgia, numa mutiladora dispersão.

Acho que o que atrapalha alguns maus envelhecedores é a desmesurada projeção que fizeram de si mesmos. Se dimensionaram equivocadamente. Deveria ser proibido, por algum mecanismo biológico, colocarmos metas acima de nossas forças.

Seria a única solução de acabar com a fábula da raposa e as uvas. Assim a raposa não envelheceria resmungando por não ter devorado o que não lhe pertencia. Deveria, portanto, haver um relais, que desligasse nossos impulsos toda vez que quiséssemos saltar obstáculos para os quais não temos músculos.

Assim sofreríamos menos e não amargaríamos não ter tido certas mulheres, conquistado certos reinos, escrito certas obras primas.

A literatura tem lá seus personagens-símbolos a esse respeito: o Fausto e Dorian Gray. Apavorados com a velhice e a morte, venderam a alma ao diabo, e em troca pediram a juventude de volta. Não deu certo. O diabo não joga para perder. Dizem que a única vez que foi realmente derrotado foi naquela disputa com o próprio Deus a respeito de Jó. Mesmo assim, deu um trabalho danado.

Especialistas vão dizer que envelhece mal o indivíduo que não realizou suas pulsões eróticas assenciais; que deixou coagulada ou oculta uma grande parte de seus desejos. Isto é verdade. Parcial porém. Pois não se sabe por que estranhos caminhos de sublimação, há pessoas que, embora roxas de levar tanta pancada da vida, têm, contudo, um arco-íris na alma.

Bilac dizia que a gente deveria aprender a envelhecer com as velhas árvores. Walt Whitman tem um poema onde vai dizendo: " Penso que podia viver com os animais que são plácidos e bastam-se a si mesmos".

Ainda agora tirei os olhos do papel e olhei a natureza em torno. Nunca vi o sol se queixar no entardecer. Nem a lua chorar quando amanhece.”