segunda-feira, 29 de abril de 2013

Origem da Filosofia




      Durante toda a Antigüidade e até o final da idade Média, a ciência não era separada da filosofia e, como a lógica era o principal - se não o único - instrumento da ciência, a história da lógica se confunde em muitos pontos com a história da ciência e da filosofia. 
 Natureza e origens da filosofia:
      A filosofia é uma invenção grega e seu equivalente exato não existe em nenhuma outra civilização a não ser na região mediterrânea. Não foi verdadeiramente assimilada às culturas orientais e, reciprocamente, o pensamento filosófico descendente da herança grega não pôde, ou ainda não pode, traduzir de modo satisfatório as aquisições dos pensamentos orientais. Poderia se dizer que as "categorias" destes "sistemas" de pensamento são irredutíveis umas às outras, sendo até mesmo as noções de "categoria" e de "sistema" aquisições especificamente gregas. A filosofia grega não é um "ensaio balbuciante" como podem ser os conhecimentos científicos da mesma época. Os grandes "sistemas" que apresenta não são esboços que a filosofia moderna teria superado: Platão e Aristóteles são tão atuais e interessantes quanto Kant e Heidegger . Isto explica em parte a surpreendente vitalidade da lógica grega elaborada há 25 séculos e ainda útil em nossos dias. Podemos sem exagero afirmar que a filosofia grega continha em germe todo o desenvolvimento da filosofia ocidental; hoje em dia ainda, ela modela a civilização do Ocidente e por ela toda a civilização moderna. Porque a filosofia nasceu na Grécia no século IV antes de Cristo? deixando de lado as razões geográficas, ironizadas por Hegel, e sobretudo o "milagre grego" do qual falou Ernest_Renan, condições sociológicas e lingüísticas explicam melhor o nascimento da filosofia grega: Por um lado, as cidades gregas conheceram em boa hora uma vida política intensa onde a palavra era um instrumento privilegiado para a conquista e o exercício do poder. Nesta "civilização da palavra", as artes da linguagem: a lógica, a dialética e a retórica, deviam encontrar um terreno privilegiado de desenvolvimento. Por outro lado, a língua grega se prestava mais que qualquer outra à expressão abstrata. Graças ao artigo, podia expressar facilmente conceitos: o Bom, o Justo, etc., e graças ao verbo ser, podia exprimir ao mesmo tempo existência (Sócrates é) e essência (Sócrates é um homem), e os atributos do sujeito .(Sócrates é justo). O grego antigo permanece ainda hoje, com seu decalque latino, a língua privilegiada para o estudo da filosofia.    

Fonte: http://philosophiagrega.no.comunidades.net



sexta-feira, 26 de abril de 2013

Medo da Mudança



      A mudança exige que você passe por um período de instabilidade até que tenha firmeza em uma nova forma de levar a vida.
      O terapeuta Marcello Cotrim afirma que  : “As pessoas têm muito medo de cair durante a transição de uma etapa para a outra da vida. O amor –próprio e a fé fazem com que se chegue bem ao seu porto seguro. Às vezes é  preciso desconstruir o mundo que conhecemos , eliminando móveis ,papéis, roupas e fotos de antigos relacionamentos que ativam a memória de um outro tempo. Presentes de um casamento desfeito e que você não usa, mas que ficam ocupando espaço em sua casa, em sua mente e em sua vida- ponha tudo isso para circular, pois trazem lembranças positivas e negativas ao mesmo tempo. Eliminá-los auxilia o subconsciente a aceitar essa transformação. Você quebra a ilusão da eternidade de tudo- épocas, situações e objetos- e aceita  a transitoriedade  e a mutabilidade das coisas, passando a lidar melhor com a transformação”.
      A vida é movimento. É preciso fazer com que tudo flua em sua vida.
“Desocupar espaços no ambiente em que vivemos e trabalhamos representa a criação de um espaço fértil em nossa mente para plantarmos novas idéias,  novos sonhos e para despertar a criatividade”.
      A receita é:RECICLE-SE!

domingo, 21 de abril de 2013

Namoro após viuvez



Namoro após viuvez

Sentimos a necessidade de um certo recolhimento frente às perdas que a vida nos reserva. Um recolhimento para curar as feridas e refazer a vida afetiva é necessário.
O tempo desse recolhimento vai depender de cada um e haverá um momento no qual o relógio interno anunciará que uma nova fase da vida está à sua disposição(Edmilson Coelho de Oliveira-psicanalista)
Segundo a Dra Irene Maluf, para evitar frustrações e mais sofrimento, além da vontade de refazer a vida afetiva, é preciso estar em boas condições mentais, emocionais  e físicas, harmonizadas e equilibradas antes de assumir um novo relacionamento. As experiências anteriores, vividas na vida amorosa e familiar, podem determinar maior o menor dificuldade na hora de acolher um novo companheiro , mesmo porque normalmente o novo casal, mais maduro, traz à relação uma família já formada, filhos e até netos, o que exige maior compreensão e despreendimento pessoal do que pede um primeiro casamento.
Para Edmilson Coelho “a mente e o coração podem permanecer eternamente jovens, com a mesma capacidade para apaixonar-se e amar novamente, e nos tornamos mais sensíveis, poéticos, mais sonhadores e otimistas, em qualquer  idade,  e o corpo reage aos estímulos psicoemocionais, apresentando uma reação igualmente juvenil, por receber uma dosagem extra de serotonina e noradrenalina”.
Segundo a especialista Irene Maluf: “Quando ocorre a morte do cônjuge, há um rompimento expressivo, de ordem física e emocional, mais ou menos traumatizante, dependendo da história de vida de cada casal e família.A dor, os problemas que surgem na realidade de cada um podem fazer com que quem ficou viúvo se feche em si por um tempo indefinido e deixe de viver intensamente a vida, como se tivesse morrido em parte junto ao companheiro”.
Na maturidade, em especial, o encontro de um novo par acontece como se fosse um resgate dos sonhos da juventude ,  claro que com mais vantagens e menos incertezas. “A nova relação tende a ser mais doce, profunda, até mesmo pela premência de viver o tempo de vida mais intensamente . É um momento de doação maior, de prestar mais atenção ao companheiro e dividir as preocupações oriundas de uma vida que não se partilhou: filhos e netos da família anteriormente criada”, afirma Dra Irene Maluf.
      Acredito que todas essas observações cabem também no caso de separações, principalmente as mais conturbadas. Algumas pessoas, evitando repetir o sofrimento, se fecham para os novos relacionamentos.
E completa a Dra Irene: “Em geral, interessar-se por alguém traz uma lufada de alegria e renovação, de amor, esperança, que todo relacionamento na verdade deveria trazer, mas nessa fase da existência é especial, porque agora com toda a vivência já acumulada e mais maturidade, ambos podem procurar dar novos significados a cada momento da vida em comum”.


Fonte:Texto de Maria Helena Bellini-“O importante é ser feliz”.


sábado, 13 de abril de 2013

Doce de pétalas de rosa





                                                        Doce de Pétalas de Rosa

Tempo de preparo: 30 minutos
Tempo de cozimento: 20 minutos
Ingredientes:

·         Açúcar - 1 kg
·         Pétalas de rosas - 1/2 quilo de branco - rosa rosas perfumadas
·         Limão - 1 (apenas o suco)
·         Água - 3 xícaras de chá
·         Estames de rosas - 2-3 (localizado na parte inferior da flor abaixo as pétalas)

Preparo
Escolha as menores rosas perfumadas que aparecem no início da primavera.
Lave bem as pétalas das rosas e coloque-as numa panela com água até cobri-las.ferve-as em banho maria até amolecerem. Depois de fervidas, coe-as  e deixe-as bem sequinhas.
Numa outra panela colocamos a água e o açúcar para ferver até que a calda engrosse.
Nota: os estames devem ser envolvidos em tule para não se dissolverem na panela, o que ajuda a engrossar. Verificamos se a calda engrossou. Se não tiver engrossado, ferver mais duas ou três vezes com o suco de limão ou então usar 4 colheres de açúcar ao invés de 3.
Quando tiver fervido ,adicionar as pétalas das rosas e dar uma fervida.depois retirar os estames com os tules e deixe-os esfriar.
Esterilize os vidros onde será colocado o doce.
Coloque o doce que poderá durar meses.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Homossexualidade na Grécia Antiga



Refletindo sobre Homossexualidade

         Os gregos consideravam a homossexualidade uma coisa normal. Se um homem achava uma mulher atraente, então não era surpreendente o fato de achar os garotos atraentes também e optar por procura-los ativamente.
         A situação normal era a de que um homem mais velho (o erastes, que significa “amante”) procurasse os carinhos de um rapaz mais jovem (o eromenos, ou o “amado”).
         O lugar mais comum onde esses relacionamentos aconteciam era a “palestra” no ginásio, onde os homens adultos observavam os jovens
se exercitando. Sendo esse o caso, apenas os aristocratas desocupados, com bastante tempo disponível, poderiam ter relações homossexuais.
         Esse breve poema abaixo, escrito por Fânias, descreve o seu amor por um menino que estava ficando mais velho para ser considerado um “eromenos” e ele mostra o quão rapidamente esses relacionamentos chagavam ao fim.

      “Por Têmis e pelo vinho que me deixou levemente embriagado, o seu amor não vai durar muito, Pânfilo. Já existem pelos em sua coxa, no seu rosto e mais adiante, em outro lugar cobiçado. Mas um pouco da antiga fagulha continua lá, então, não seja mesquinho, a oportunidade é amiga do amor”.

         Isso não quer dizer que os gregos não zombassem da homossexualidade; as peças de Aristófanes são cheias de gracejos. Mas o seu desdém era especificamente reservado para os homens que mantinham relacionamentos com outros homens de meia idade e aqueles que mostravam qualquer sinal de afeminação. Procurar meninos atraentes era totalmente aceitável; um homem maduro permitindo ser tratado como uma mulher , era outra coisa.

        O amor e o sexo entre as mulheres provavelmente acontecia regularmente na Grécia Antiga, mas nunca era mostrado publicamente e havia poucos indícios. O relacionamento mais famoso foi o da poetisa Safo (séc. VII a.C)  vinda da ilha de Lesbos  (dando origem ao termo “lésbica”). Safo escreveu belos poemas sobre o amor e a deusa Afrodite, muitos deles podendo ser interpretados como sendo tanto sobre homens quanto sobre mulheres, porém sabemos pouco sobre a sua vida real. Os gregos não reconheciam Safo como lésbica, apenas os leitores mais modernos.
Os poemas de Safo são evocações maravilhosas dos tempos antigos em que viveu antes que os gregos começassem a registrar sua história.


Fonte: "Os gregos Antigos para Leigos" ( Stephen Batchelor)