quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Tendências suicidas podem ter fator genético?






Sempre tentei estudar a respeito e notei, em determinada família conhecida, que realmente podem existir fatores genéticos que levam à tendência suicida e ao suicídio de fato. Houve dois suicídios de irmãos em fases diferentes da vida. Sinais não mostravam que isso pudesse vir a acontecer.
Sempre nos perguntamos os porquês de alguém ir até esse ponto de tirar a própria vida.
Segundo um artigo publicado no jornal especializado “Archives of general Psychiatry”, os cientistas já nos dão uma resposta para parte dessa pergunta. A tendência suicida pode sim ser determinada pelo DNA.
Foram estudados 394 pacientes diagnosticados com depressão, incluindo 113 que tentaram suicídio. O DNA desses pacientes foi comparado com os outros 366 pacientes saudáveis. A mesma equipe de pesquisadores coordenou um estudo complementar, envolvendo 1.600 alemães e afro-americanos, dentre eles, 270 tentaram suicídio.
Os cientistas, descobriram, após análise, uma mudança em cinco dos nucleotídeos(as letras do DNA) mais comum entre indivíduos que já tentaram suicídio. Esses nucleotídeos em particular afetam dois genes que estão diretamente associados à formação e ao crescimento do sistema nervoso e aí pode estar a chave da tendência suicida. Aqueles indivíduos que apresentavam três das mais importantes mutações detectadas eram 4,5 mais propensos a tentar o suicídio do que aqueles que não apresentavam essas mutações.
Segundo os pesquisadores, os resultados demostraram que o suicídio está mais ligado a fatores hereditários e genéticos do que a distúrbios psiquiátricos.

Fonte: Archives Of general Psychiatry.



sábado, 15 de setembro de 2018

A rústica e deslumbrante Mani (em Peloponeso)



Sempre ouvi falar de como as pessoas nascidas na região de Mani eram e são fortes, resistentes, duras na queda!
Meu pai costumava chamar minha mãe de maniata quando via o tanto que aquela mulher era guerreira. Forte fisicamente e psicologicamente .
Eu quis constatar o porquê disso tudo e fui, com minha filha, desbravar a região, conhecer os familiares, sentir aquele solo rústico, pedras por todos os lados, muitas oliveiras. Imaginamos o quanto pode ser difícil construir algo tendo que perfurar pedras.
Toda a região é constituída por cânions, cidades com castelos, cavernas, lagos e praias. A região de Mani é feita de história e de pedra.
A paisagem é árida, áspera. Casas reminiscentes com torres, assentamentos de pedra, igrejas bizantinas, pequenas enseadas e cavernas. Mani, uma sociedade fechada, organizada durante séculos.
Moradores nas encostas íngremes do sul da Montanha Taygetos e constantemente em guerra, os maniates desenvolveram um forte senso de autonomia. O que o visitante vê hoje é o que ele está autorizado a ver.
Que cada  visitante saiba sugar da magia desse lugar!



Vale à pena observar as torres que existem nessa região. Só nessa região se vê um espetáculo tão imponente.. Volumes de pedras resistentes, erguendo-se na terra.Ficavam no alto para ter poder defensivo. Construções próprias para enfrentar batalhas, sem janelas, poucas aberturas.
Por toda  Mani, encontramos construções byzantinas, principalmente igrejas. Geralmente são pequenas, humildes. Monumentos de beleza e fé.
A maioria tem enorme valor arquitetônico e visual.



A aldeia de Vathia é um aglomerado de imponentes torres. O   assentamento é distinguido pela sua beleza e é um monumento à tradição arquitetônica de Mani.



Nessa região também chegaremos às Cavernas de Diros.
Trata-se de um rio  subterrâneo nas rochas. Atmosfera impressionante, formas e cores incomparáveis  que beiram à  perfeição.Os espeleólogos acreditam que as cavernas de Diros estão entre as mais importantes do mundo.





Descendo de Aerópolis para o mar, encontramos Limeni, vila costeira de beleza indescritível, em que há várias casas e torres magníficas, bons reataurantes e pousadas.



Há ainda uma sequência de curiosidades nessa região tão
 singular.
Para percorrer essa região, as estradas são cheias de curvas, paisagens estonteantes. Eu” morri” de medo mas não poderia deixar de desbravar tanta beleza com  tamanho significado.

Fonte: discovergreece.com e “nosso olhar” cuidadoso e amoroso!

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Por que as casas das ilhas gregas não possuem telhados?



Foi-me perguntado qual o motivo das casas nas ilhas gregas não possuírem telhados.
Das várias explicações que pesquisei, transcorrerei sobre a que me pareceu mais sensata . Baseei-me numa explicação de um arquiteto grego que apenas aparece como Nick de Atenas. Esse responde a esse questionamento no Tripadvisor.
Tentarei traduzir de uma forma mais simples, já que está em inglês.
Na maioria das ilhas gregas, como é o caso de Santorini, há basicamente dois modos de fazer um teto :  fazendo cúpula com pedra ou um terraço nivelado onde as pessoas podem pisar.
Esse fato diz respeito a razões de construção.
Cúpula é uma das primeiras formas estruturais trabalhadas arquitetonicamente na pedra. As cúpulas esféricas são usadas na Grécia desde 5800 a.C. Os gregos , por volta de 1.500 a.C trabalhavam muito com cúpulas esféricas e piramidais. Deram como herança essa técnica aos romanos que criaram arcos e outras coisas usadas até hoje.
Por que fazem cúpulas?
Porque é o jeito mais fácil de fazer um teto quando a única coisa que você tem ao seu redor são pedras, como matéria prima.É o mesmo raciocínio dos esquimós que fazem seus igloos com o que possuem ao redor:neve, gelo. Boa qualidade de madeira é rara nas ilhas como também argila para fazer telhas. Pedra, algumas madeiras mais leves é o que existe em abundância por lá, portanto, através dos séculos , é válido esse tipo de construção.


terça-feira, 4 de setembro de 2018

Museu Folclórico de Folegandros



 Por passagem pela ilha de Folegandros, minhas amigas, minha filha e eu, resolvemos conhecer o Museu Folclórico, indicação do recepcionista do hotel.



Perdidas pelas estradinhas montanhosas de Folegandros, com aquelas paisagens exuberantes, avistamos uma casinha de pedra.
Fomos até ela e ,por sorte, encontramos o senhor que cuidava de tudo, uma espécie de zelador. Para visitar esse museu, há que se marcar visitas com uma guia mas, para nossa sorte, o simpático senhor nos atendeu, abriu a casa e explicou, com muito orgulho e sabedoria, cada detalhe.

Na verdade, trata-se de uma casa, com todos utensílios, roupas, móveis de tempos passados. Tudo bem conservado, muito simples e, por isso, emocionante. O que mais valeu foi a alegria do senhor por poder mostrar tudo que ele tão bem conhecia e detalhes do que foi sua própria vida.
Quem passar por essa ilha linda, encantadora, visite esse micro museu folclórico mas com tanta história e romantismo. Através das fotos , vocês terão uma idéia.











segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Por que as casas são brancas nas ilhas gregas?



Muitos me perguntam o porquê de as casas serem brancas nas ilhas gregas.
Diante de várias explicações, falarei sobre algumas que me pareceram bem convincentes e realistas.

Em 1938, Metaxas, então primeiro ministro da Grécia, ordenou que todas as casas das ilhas fossem pintadas com cal como proteção contra a cólera, que assolava o país na época. O calcário era considerado um poderoso desinfetante, já que o cloro ainda não fora difundido.
Em 1955, a rainha Frederica, apresentava ao Karamalis como propaganda das ilhas gregas, uma fotografia da ilha de Myconos com casinhas muito bem conservadas onde habitavam burgueses estrangeiros e cosmopolitas. A imagem do branco , a cor da pureza combinado com o azul do céu e do mar, tornou-se marco da época.
Mais tarde os moradores locais mantiveram suas casas sempre branquinhas usando cal para protegê-las dos raios de sol durante os meses de verão intenso, mantendo uma temperatura amena no seu interior. O cal também era usado para matar os micróbios. 
Razões psicológicas também influenciaram e influenciam nessa questão: a luz, a claridade trazem otimismo, paz, serenidade, pureza.

  



A decoração externa dessas casinhas são as 
flores, sempre 
presentes.






Fonte: Infokids.gr