segunda-feira, 24 de outubro de 2016

O açafrão de Kozani



Também chamado de tesouro da terra grega, o açafrão é uma das especiarias mais amadas e apreciadas pelas civilizações antigas. Tem propriedades aromáticas, farmacêuticas, afrodisíacas e uma cor ímpar.
Cleópatra fazia uso do açafrão entre seus cosméticos, os antigos fenícios o ofereciam à deusa Astarte, Homero citou-o em seus escritos e aparece também no Antigo Testamento.
Sua história na Moderna história grega começa quando os comerciantes de Kozani(região no norte da Grécia) traziam o açafrão da Áustria no século XVII.
Durante 300 anos o açafrão foi cultivado e cresceu sob o sol da Macedônia, em uma área que inclui várias pequenas vilas de Kozani.
Os residentes locais plantavam açafrão a cada verão e, quando chegava o outono, colhiam com as mãos as partículas preciosas da bonita flor e as drenavam cuidadosamente até obter filamentos vermelhos profundos.

O açafrão grego tem a melhor qualidade mundialmente falando. É chamado de “ a flor da cozinha mediterrânea”.





fonte:www.visitgreece.gr

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Os oásis em Atenas


         Entre prédios, ruas apertadas e quase sem verde, Atenas nos surpreende com verdadeiros oásis. São quintais com árvores, parreiras, plantas que dão frescor e aconchego, transformados em simpáticas tavernas. Os gregos chamam de AVLES = quintais.
          No verão são as tavernas mais frequentadas.
          Pesquisem, investiguem e descubram esses oásis que costumam nos presentear com deliciosos mezedes ( petiscos), pratos saborosos acompanhados de ouzo ( nosso aperitivo mais conhecido) e vinhos caseiros entre outros.
         Não citarei nomes mas posto algumas fotos para que tenham idéia.







Fonte das fotos: olivemagazine.gr

sábado, 1 de outubro de 2016

PROTI, ilha dos piratas em Messinia






Trata-se de uma linda ilhota em frente à Gargagliani e à cidadizinha da minha família paterna, Marathopolis.
A origem do nome “Proti” vem do deus Proteus, filho de Poseidon.
Trata-se de uma ilha situada no mar Jônico, pertencente administrativamente à Gargagliani, que por sua vez faz parte do município de Trifilia, unidade regional da Messinia e da região de Peloponeso.
Situa-se a 1,2 Km da costa de Marathopolis e não tem nascente nem poços de água. É usada para pastorear ovelhas.Tem vestígios arqueológicos e o mosteiro da Assunção de Gorgopigi, situado a norte da praia de Vurlias, que é o detsino deee uma romaria popilar nos dias 15 e 23 de agosto.
O valor arqueológico dá-se à existência de ruínas de uma acrópole com muralhas e um torrão circular do período  micênico( 1600-1100 a.C) ou pré- clássico..
No sítio arqueológico de Grammeno, encontram-se cerca de 30 inscrições das épocas pós- clássicas, romana e bizantina, com petições para viagens seguras, provenientes dos viajantes que ali estiveram com seus navios durante tempestades que pediam proteção dos deuses para prosseguirem suas viagens em segurança.
A igreja lá existente é dedicada a Nossa Senhora e foi construída sobre um antigo templo dedicado a Ártemis.
A ilha de Proti foi mencionada por Tucídides(séc. V a.C), que a descreveu como uma ilha deserta e como local onde uma frota ateniense de 50 navios provenientes das ilha de Zakinthos, ancorou temporariamente durante uma noite, durante o sétimo ano da Guerra de Peloponeso( 434-401 a.C). No dia seguinte a frota derrotou os espartanos em Pilos.
De acordo com a tradição local, a ilha foi uma base naval e um refúgio de piratas, cruzados e serracenos, que ali teriam escondido tesouros. O pirata mais célebre a usar essa ilha foi Mania tis Katoulias.
Para mim essa ilha tem um grande valor sentimental  porque me remete a muitas histórias contadas pelo meu pai.
Dizia que na hora em qua a cidade toda ia descansar após o almoço, hábito dos europeus em geral, as crianças corriam  para o mar. Meu pai dizia que pegava a tina de madeira, onde minha avó lavava roupas e a usava como barquinho. Muitas vezes iam até a ilha de Proti.
A minha avó escondia as roupas do meu pai para que ele não saísse mas, para que roupas?, ele saia nú mesmo. Duro era voltar antes que a cidade despertasse e entrar pé ante pé para não ser surpreendido pelos pais.

Hoje , essa ilha  é frequentada por turistas e pessoal da região por ter uma prainha maravilhosa, de águas límpidas e um cenário de tirar o fôlego.

Agora minha missão é levar as cinzas do meu pai e deixá-las entre Marathopolis e a Ilha de Proti, mar onde ele tantas vezes nadou e que ele amava muito.