quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Os significados diferentes do amor na vida do homem e da mulher



Depois de ler um texto sobre esse tema no livro  “Todo Poder às mulheres”(Esperança de Equilíbrio para o mundo), fiz alguns questionamentos e concluí  que muito do que se diz à respeito da entrega total da mulher , quando ama, já não é verdade absoluta.
À partir de uma colocação de Nietzsche, podemos refletir a respeito.
Segundo ele: “A mesma palavra amor significa duas coisas diferentes para o homem e para a mulher. O que a mulher entende por amor é bastante claro: não é apenas dedicação, é um dom total de corpo e alma, sem restrição, sem nenhuma atenção para o que quer que seja. É essa ausência de condição que faz de seu amor uma fé, a única que ela tem. Quanto ao homem, se ama uma mulher, é esse amor que quer dela; ele está portanto muito longe de postular para si o mesmo sentimento que para a mulher; se houvesse homens que experimentassem também esse desejo de abandono total, por certo não seriam homens”.
Ninguém duvida que , na maioria das vezes , o amor e as relações afetivas  tenham maior valor na vida da mulher do que na do homem.  Daí mora o perigo. Não me parece saudável  que, em nome desse amor , a mulher esqueça de todo o resto e se sacrifique de todas as formas. Dessa forma os homens acabam acreditando que sempre que a mulher se apaixonar , se submeterá à sua vontade lhe outorgando total poder sobre ela.
Vemos ainda hoje muitas mulheres agindo dessa forma mas, felizmente, a coisa está mudando.
Mesmo dando grande valor ao amor, a mulher já passa  a preservar sua individualidade, independência e capacidade de ação, de modo mais racional.
Da mesma forma, o homem que se entrega mais aos sentimentos, às questões afetivas e ao amor, não deixa de ser homem.
Segundo Marco Aurélio Dias da Silva, médico,especializado em cardiologia e medicina psicossomática:   "Os homens, no auge das paixões, tendem a se comportar com maior arrebatamento do que as próprias mulheres e, pela força dessa paixão, são capazes de esquecer todo o resto. Mas é algo eminentemente transitório e que costuma durar até a sensação de posse da mulher amada. E, mesmo durante o transe, a entrega não é total. O que pode o homem apaixonado  querer é possuir, anexar, integrar a mulher amada em sua vida, e não dedicar a ela a vida inteira”.
Isso costumava acontecer e ainda acontece mas acredito que se o homem se sentir desobrigado a ser o “macho”, puder ser mais livre, também será capaz a se entregar mais ao amor.

Talvez possamos vislumbrar um futuro em que o homem poderá ser mais doce , ter menos sede de poder e mais disposição à entrega.


                                                Será esse um jargão apenas?



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