domingo, 30 de agosto de 2015

Simples Assim

 








                                               Ciclovias de S.Paulo
Skycycle ,projeto para Londres

                                              Projeto de Ciclovia 2016 para Londres

  Ultimamente a polêmica sobre as ciclovias é enorme aqui em São Paulo
 O problema não são as ciclovias que, com certeza, seriam uma solução para uma cidade abarrotada de carros e muito poluída.
Porém, o como isso tudo vem acontecendo, sem bons planejamentos, sem orientação para os cidadãos, tornou a vida dos paulistanos um inferno.
Li uma crônica muito interessante da Martha Medeiros que transcrevo abaixo para que vocês possam perceber como as coisas deveriam ser feitas!

                                                            “Simples Assim”

"Recebi um e-mail da prefeitura avisando que de agora até abril de 2016 haverá a construção de uma superciclovia cortando toda a área central da cidade. Eles dizem que durante a primeira fase dos trabalhos serei avisada sobre quais ruas devo evitar nas horas de pico e também serei comunicada quando houver algum desvio. Disseram também que o transporte público nãoserá afetado, mas poderá eventualmente acontecer algum atraso nos horários previstos de chegada dos ônibus nas estações.
Por fim, divulgaram um site onde encontro uma animação em 3D reproduzindo todo o trajeto da ciclovia, incluindo os cruzamentos e a sinalização, assim como as datas de início e conclusão de cada trecho e horários de atendimento por telefone para esclarecimento de dúvidas.
          O e-mail é da prefeitura de Londres. Cerca de dois anos atrás, passei um mês estudando lá e comprei um Oyester Card, que é um cartão para transitar por transporte público pot toda a cidade. Fiquei cadastrada no mailing deles e desde então recebo periodicamente as informações sobre o trânsito da capital inglesa. Sei quais linhas de metrô e ônibus sofrerão atraso, quais serão as alterações de rota nos feriados e nos períodos de obras, recebo pedido de desculpas pelos transtornos e agradecimento pela minha cooperação.
          A cada vez que recebo um comunicado desses, lembro como é ser tratada como cidadã. E penso: é assim que tinha que ser. Tudo. Tudo na vida. Não sou inimiga da flexibilidade, há modos diversos de se administrar uma cidade, um relacionamento de trabalho, porém muitos problemas seriam eliminados se optássemos pela maneira consagrada a que sempre funcionou: transparência e assertividade.
          Como é que tem que ser? Se te perguntam, responda. Se te emprestam, devolva. Sem dinheiro, não compre. Se te dão, agradeça. Se te confiaram, cuide. Se te agridem, afaste-se. Se te pagaram, entregue. Se cansou, pare, Se te confidenciaram, silencie. Se te roubaram, acuse. Se colocou no mundo, crie. Se contratou, pague. Se gostou, fique. Se não gostou, recuse. Se errou, desculpe-se. Se acertou, repita. Se tem que fazer, faça. Se prometeu, cumpra. Se vai atrasar, avise. Se te necessitam, ajude. Se você precisa, peça.

          É feito um relógio. Tique-taque, no ritmo da eficiência. Porém, as pessoas fogem desse esquema porque acreditam que ficarão engessadas, que serão chamadas de caretas ou que terão uma existência simplista. Que bobagem. Elas apenas adiantarão seu lado a fim de ganhar tempo para se dedicarem à deliciosa anarquia da vida, aquela que, aí sim, nunca teve tique-taque. Se gamar invista,. Se sofrer, azar. Se der frio na barriga, celebre. Se vacilar, tente de novo. Se parecer longe, vá igual. Se der nunca fez, arrisque. Se der medo, vença-o. Se não souber, invente. Se falhar, ria. Se cansou, viaje. Se calor, praia. Se calhar, Londres."

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Ilha de Lefkada




          Geralmente as praias gregas não são com areia e sim pequenas pedrinhas,e algumas vezes, pedronas mesmo. Daí recomendam-se sandálias de borracha até para entrar no mar.
Há porém, algumas lindas e preciosas exceções.


Falarei de uma delas: Lefkada.
Pertence às Ilhas Jônicas com uma área de 335,8 km2
         Oliver Smith, nos dá uma boa idéia dessa ilha encantadora, de águas profundamente azuis, e grandes extenções de areia.
Apesar de ser uma pequena ilha, Lefkada tem praias gloriosas, sua capital  “Levkas” é sofisticada. É uma ilha de fácil acessibilidade. É ligada ao continente por uma pequena ponte.
Trata-se de uma ilha que, como Ithaca, continua mais autêntica. Suas cidades costeiras, Nydri e Vassiliki atraem multidões por haver muitos ventos e baías, o que convida aos esportes aquáticos. A maioria da ilha,no entanto, mantém  seu caráter intocável e autêntico. Há aldeias sonolentas onde impera a paz (região de Skafiotes e a própria capital). Nesses locais a vida é rotineira com seus cafenios(cafés) tradicionais. Uma das melhores praias é Egrimni, com areias claras e boa extenção.
          A melhor época para visitar a ilha é Setembro, quando os preços abaixam, a temperatura fica mais amena e as praias mais desertas.

                      Porto Katsiki-Lefkada

                          Rua tradicional da capital Levkas
                                          Kalamitsi beach





terça-feira, 11 de agosto de 2015

Batatas ao forno com limão e orégano(patates riganates sto fourno)



Há um tempo atrás já passei essa receita simples e prática que fez maior sucesso.
Vou postá-la aqui no blog e estou certa que irá agradar pela praticidade e sabor!
Serve como acompanhamento para carnes e peixes .

Ingredientes para 4 pessoas:
-4 batatas grandes
- 3 colheres de sopa de azeite de oliva
-e colheres de chá de suco de um limão
-1/2 colher de chá de orégano
-1/2 colher de chá de sal
(as quantidades de orégano e limão podem ser aumentadas de acordo com o gosto )

Modo de fazer:
Primeiramente, coloque as batas numa panela com água para dar uma fervida por uns 20 a 25 minutos ou até que fiquem macias mas não em excesso.
Escorra e descasque-as.
Pré aqueaça o forno.
Corte as batatas em fatias ou rodelas e coloque-as numa assadeira
Despeje o azeite sobre as batatas. Adicione o suco de limão, o orégano e o sal.
Mexa tudo delicadamente e asse por uns 20 minutos

Fonte:food.com


sábado, 8 de agosto de 2015

O que em mim dele ficou







          Datas não são necessárias para nos lembrarmos das pessoas especiais em nossas vidas.
Servem ,de um jeito simbólico, para homenagearmos a quem nos é caro.
          Essa semana que termina amanhã, com o dia dos Pais, me deixou pensativa demais e buscando sinais do meu pai, que ficaram em mim.
          São tantos...e as lembranças então...
          Volto no tempo e sinto que a alegria, as brincadeiras, a música, a leitura, a gozação me remetem a ele, mais do que a minha mãe, uma mulher guerreira, amorosa mas contida.
          Ele, que trabalhou na gravadora Copacabana , na época, chegava em casa com pilhas de discos, aqueles bolachões, rotação 78.Alguém se lembra deles? Ainda tenho alguns em algum canto da casa dos meus pais. Assim a música sempre esteve presente na minha infância.Ele amava valsas, adorava a cantora Sarita Montiel, tangos os quais também tocava em seu acordeon. Sempre dançava comigo nas festinhas. Um dos presentes que marcaram minha infância, foi um simples radinho de pilhas azulzinho, que alegrava meus dias e servia de música de fundo para as minhas brincadeiras de casinha naquela cozinha de madeirinha, tão especial, que ele me dera.
          Livros? Sempre o via devorando o jornal do dia e seus gestos de bater nas folhas, de arrumar o jornal direitinho quando terminava ,estão presentes, cada vez que dobro o jornal direitinho como ele fazia. Lembro-me que ele tinha uma metalúrgica pequena e a sucata era vendida. Ao invés de receber em dinheiro , ele trocava por livros que o dono da sucata também vendia. Lá vinha ele com todas as coleções possíveis: Barsa, Delta Larousse, Mirador e o que fosse útil para mim. Até hoje há uma biblioteca cheia na casa dos meus pais que preciso doar mas ainda não tenho coragem. Prometo que não passa desse mês e os livros servirão a quem precisar.
          Nas reuniões do colégio, quem nunca faltou?O Sr. Xenophon! Ele entendia melhor o português e participava mais da minha vida no aspecto intelectual.Hoje me vejo repetindo o comportamento dele, sempre presente em tudo que diz respeito à minha filha.
          Que inveja que tenho até hoje da cultura geral que ele tinha.Sabia aquelas capitais todas de países que eu nunca ouvira falar, discorreria sobre história. Nisso, não tenho nada dele. Sou meio fraquinha em geografia e história.
          Tudo isso ele fazia mas sem nunca se esquecer de si. Um leonino orgulhoso, vaidoso, meio mandão mas com um coração doce. Chorão como eu. Quando assistíamos filmes na Tv, os olhos dele sempre brilhavam de emoção.
          O idioma grego me foi ensinado, desde pequena, por insistência dele em nunca falarmos em português. Usou uma cartilha para me ensinar o básico da língua grega que facilitou muito meu contato com minhas raízes e meus parentes da Grécia. O mesmo ele fez com minha filha que tem noções básicas também.
          Agora vou entregar minha idade. Íamos juntos às matinês do cine Metro na Avenida S.João assistir aos desenhos do Tom & Jerry! Pasmem, tinha que ir de terno e gravata.Um dia ele tirou os sapatos e depois custou para os acharmos no final da sessão(ele tinha mania de tirar o sapatos).
          Tenho muita dificuldade em romper elos ,o que, com certeza, herdei dele. Por isso sempre tento estar em contato com parentes de fora, com os amigos em geral porque acho uma pena não desfrutarmos disso enquanto podemos. Esse jeito de fazer amizades passou para meu irmão e para mim que logo começamos uma conversa com quem estiver por perto.
Já adolescente, eu dava aulas de inglês numa escola no centro da cidade.Ele me levava e ficava esperando até eu terminar. Era engraçado:alunos saindo e a professorinha sendo esperada pelo papai!
         Quando digo que ele foi peça principal na minha educação, lembro-me de horas e horas que ele passou me esperando terminar os exames “vestibulares” da vida .
         Garanto a vocês que dirijo bem, graças a ele também que, no início, ia comigo à faculdade(eu dirigindo) e voltava para me buscar até eu ficar craque e sair sozinha por essas avenidas doidas de S.Paulo.
Até minha contabilidade faço do jeitinho que ele fazia, nos cadernos, tudo organizado.
          Sinto mais falta do seu telefonema de “bom dia”, quando ele dizia:”Enquanto eu estiver aqui não tenha medo de nada”. Continuo ouvindo a mesma voz quando as coisas apertam e sei que ele me protege, lá de longe , de um lugar lindo que, certamente ele mereceu como morada eterna.
          Eu discorreria parágrafos e mais parágrafos mas ,em mim, é fácil sentir o que dele ficou.
Meus amigos mais próximos sabem e percebem isso e meu irmão querido fez um comentário a respeito, por esses dias.
          Claro que herdamos também seus defeitos mas esses, deixemos para lá.

          Vou terminado por aqui senão inundo o notebook.




segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Giouvetsi (massinha com carne ao forno)



         Existem certos pratos que nos remetem à casa da mãe, à infância...
Esse, o Giouvestsi , é um deles. Comidinha bem prática que toda criança costuma adorar e os adultos tanto quanto.
          É feito com um tipo de mini macarrãozinho, do tamanho do arroz.
         Nós gregos chamamos de Kritharaki. Também chamado de orzo, risone ou arroz italiano.


         Existe uma receita bem simples e outra mais elaborada. Passarei a vocês a mais elaborada e, se quiserem a simplificam.


Ingredientes: (para 6 pessoas)
-1.200 g de carne(da sua preferência)
-1/2 xícara de chá de azeite
-1/4 de xícara de chá de azeite extra-virgem
-1 cebola pequena
-3 dentes de alho
-1 cenoura
-1 pedaço de alho poró
-1/2 xícara de chá de vinho branco seco
-1 kg de tomates espremidos
-1 pitadinha de açúcar
-500 gramas de kritharaki(risone)
-pimenta moída na hora
-queijo ralado

Modo de fazer:
Numa panela funda , acrescentar o azeite e colocar os pedaços de carne para refogar por 8 a 10 minutos.
Adicionar a cenoura, cebola, alho poró e alho e misturar bem.Acrescentar a pitada de açúcar e o vinho.
Adicionar os tomates e um litro de água. Tampar a panela e deixar por volta de uma hora cozinhando até a carne amolecer.
No finalzinho acrescentar o sal e pimenta a gosto.
Numa panela à parte acrescentar azeite e a massinha Kritharaki(risone,orzo), misturar.
Pegar uma forma ou um refratário, colocar a massinha e,por cima adicionar a carne, retirando os legumes que não tiverem derretido.
O m olhe deve cobrir a massinha para que ela acabe de cozinhar no forno.
Se for preciso, acrescentem um pouco de água fervendo para cobrir a massinha.
Assar em forno de 170 graus por uns 40 minutos.
Se desejarem , ao final, acrescentem queijo ralado e deixem por mais 10 minutos.
Sirva com uma salada grega , pão e queijo feta , se desejar.

Fonte: argiro.gr