quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Ilha de Ikaria(Grécia)-onde as pessoas vivem mais!




Na ilha grega de Ikaria, que tem a maior proporção de pessoas acima de 90 anos em todo o mundo, as pessoas têm um hábito de beber um chá de ervas. A bebida, que é consumida várias vezes por dia, contém uma grande variedade de ervas desidratadas, como hortelã-brava, alecrim, sálvia roxa e asplênio.

O consumo de café de maneira moderada também é indicado.







Pesquisadores da Universidade de Atenas da Ilha de Ikaria, no Mar Egeu, realizaram estudo que aponta que o consumo moderado de café ajuda a manter a distensão cardíaca em pessoas idosas. A distensão cardíaca é uma medida da elasticidade das artérias. Uma baixa distensão cardíaca está associada à arteriosclerose e indica propensão para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O aumento da sobrecarga do trabalho cardíaco causa hipertensão, que por sua vez promove mudanças vasculares e ativação neuro-hormonal. Como conseqüência, surge a fadiga vascular e perda de elasticidade na musculatura cardíaca.
Os pesquisadores da Universidade de Atenas realizaram uma avaliação com 343 homens e 330 mulheres, com idade entre 65 e 100 anos, moradores da Ilha de Ikaria. A população desta Ilha apresenta alta expectativa de vida, com uma grande proporção de moradores com idade acima de 90 anos. Foram avaliadas características sócio-demográficas, bioclínicas, estilo de vida e da dieta que pudessem estar relacionadas a fatores de risco como hipertensão, diabetes, hipercolesteremia (alta taxa de colesterol no sangue) e obesidade, além de atividade física e características bioquímicas dos indivíduos.
Como o consumo de café é um hábito tradicionalmente arraigado na população grega, o consumo deste foi avaliado a partir do momento em que a pesquisa foi iniciada. Foi verificado que o efeito da cafeína é mais pronunciado em indivíduos com quadro de hipertensão do que em aqueles que não apresentam alta pressão arterial. Desta maneira, o consumo de café foi analisado ainda mais detalhadamente no grupo de 235 indivíduos com quadro de hipertensão, de maneira associada aos hábitos alimentares e à característica de distensão da aorta (a principal artéria humana) do mesmo grupo.
Os resultados indicaram, de maneira conclusiva, os benefícios do consumo moderado de café na distensão da aorta. Os pesquisadores atribuíram os resultados observados à presença de substâncias derivadas de polifenóis, presentes no café. No entanto, o café bebido na Grécia também é rico em terpenos como o cafestol e o kahweol. Dentre os derivados polfenólicos, destacam-se os ácidos clorogênico, caféico e ferúlico, que melhoram a função vascular, reduzem o grau de oxidação celular e aumentam a biodisponibilidade de óxido nítrico, um importante regulador celular. Além disso, a presença de pequenas quantidades de flavonóides, magnésio, potássio, niacina e vitamina E, também presentes no café, podem contribuir para os benefícios observados sobre a função cardíaca. Porém, os efeitos são menos benéficos em indivíduos hipertensos, nos quais o balanço óxido nítrico/superóxido está comprometido e os efeitos benéficos do café são bem menos pronunciados.





Devido ao cenário montanhoso da ilha e à falta de opções de transporte, as pessoas têm que se manter ativas durante toda a vida, fazendo exercícios físicos até depois dos 80 ou 90 anos. A alimentação da ilha contém muito azeite de oliva, frutas e vegetais, além de pouquíssimas quantidades de alimentos processados ou industrializados.
Na ilha japonesa de Okinawa, é comum encontrar velhinhos com mais de 80 anos completamente saudáveis. Pesquisadores acreditam que isso se deve, em parte, à maneira com que a população da ilha se alimenta, raramente comendo demais e geralmente parando a refeição pouco antes de se sentirem saciados. A dieta dos locais se baseia em grãos, peixes e vegetais, e eles costumam ficar longe de carne, ovos e laticínios.
Já na Sardenha, na Itália, existe um enorme número de centenários. Lá, os habitantes têm o costume de beber vinho, que é muito rico em polifenóis e antioxidantes, que ajudam a impedir o envelhecimento. No Vale de Hunza, no Paquistão, as pessoas geralmente vivem mais de 90 anos. Os pesquisadores creditam esta longevidade à dieta de frutas, grãos e vegetais da população do local. Muitos dos alimentos são consumidos crus, e eles comem grandes quantidades de damascos, cerejas, uvas, ameixas e pêssegos.
Na região sul do Equador, no Vilcambamba, muitas pessoas passam dos cem anos de idade com boa saúde. Acredita-se que esta saúde se deve ao consumo da água mineral natural da região, que é completamente livre de impurezas.
Quer viver muito???? Corra!
Nos Estados Unidos, uma comunidade de Adventistas da Califórnia, tem uma média de vida de cerca de 5 a dez anos mais longa que os outros cidadãos da cidade. Pesquisadores acreditam que isso acontece porque estas pessoas não bebem nem fumam, e seguem uma dieta vegetariana. Além destas dicas reunidas por todo o mundo, outras pesquisas sugerem que a longevidade sempre é ligada a baixos níveis de estresse e ansiedade. 


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