sábado, 30 de março de 2024

FICTOSSEXUALIDADE

 




Fictossexualidade: entenda o que é a condição que levou japonês a se casar com uma cantora virtual


FICTOSSEXUALIDADE-(Você já amou um personagem fictício?)

 

Assistindo a um filme turco , “Lashes”, no portuguê “Cinzas”  deparei-me com um tema interessante e bem comum: a fictossexualidade.

A fictossexualidade se refere ao apego emocional ou desejo por personagens. Para muitos, isso pode ser mais seguro do que ter relacionamentos reais.

Fictofilia ou fictossexualidade referem-se ao intenso e duradouro apego emocional, amor, paixão ou desejo que as pessoas sem tem por personagens fictícios.

Relação parassocial é até comum na adolescência , mas pode se tornar um problema quando se torna uma obsessão e fuga à realidade.

Muitos de nós já nos apaixonamos por personagens de séries favoritas não é?

Na adolescência isso e normal acontecer.O problema é quando alguém fica obcecado por personagens fictícios depois de mais velho ou até mesmo mantém padrões de relacionamento onde a aparência física de seu parceiro é baseada nesses personagens. Algumas pessoas trocam o relacionamento padrão pelo relacionamento parassocial onde a relação ocorre com as  celebridades, atores, influenciadores digitais.

Dentro da fictossexualidade há algumas subdivisões. Existe, por exemplo, aqueles que só se atraem por personagens de quadrinhos e livros (vide o filme que citei no início), conhecidos como “cartosexuals). Os “inreasexuals”, por outro lado, sentem atração por personagens de TV e filmes.

A Psicanálise considera a fictossexualidade uma distorção da identidade sexual. A dra Araceli Albino afirma que “ Há predominância do mecanismo primário de idealização. O sujeito fica fixado no imaginário e cria um objeto que se pode desejar incondicionalmente e de uma [única via. Não tem desejos diferentes dos seus, não discorda, não fala, o desejo está à mão a hora que quiser. É viver o tempo todo no gozo, só no princípio do prazer e isso é mortífero. É uma relação de uma única via, não existe o outro, e o humano necessita da existência do outro”.

Apesar de a psicanálise enxergar dessa forma, a fictossexualidade não é considerada doença. Não se fala em doença e sim num mecanismo de defesa psíquica que alguns sujeitos encontram para viver. Mesmo a psicanálise não lida com esses sintomas como sendo uma doença e sim como uma forma inconsciente de lidar com uma dor.

“Mesmo eles acreditando que estão vivendo uma paixão por esses objetos fictícios, essa paixão é um sintoma, pois existe uma negação da realidade e do afeto amoroso que dinamiza a vida”, esclarece a especialista.

 

Fonte: Dra Araceli Albino-psicanalista

- forbes.com.br e outras leituras.

 

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