Apesar de sempre ter
sido uma mulher bem maternal, me pego pensando em certas colocaçoes que tenho
visto entre amigas e mulheres em geral.
Adoro ser mãe e, se
não tivesse gerado minha filha, com certeza teria adotado uma criança.
Isso porém não me leva
a dizer que a única razão de viver é minha filha ou que não existo sem ela.
Como posso ser uma boa mãe se não sou nada?
Vejo declarações do
tipo: sem meus filhos nada sou, são o ar que respiro etc etc.
Sem minha filha eu sou
sim uma mulher que se fortaleceu com a vida, que optou por encarar uma
separação e criar sua filha sozinha e muito bem, que tenta ser uma pessoa
melhor a cada dia, que se informa, que ama seus amigos, sua família, que
estudou o que teve vontade e que ainda pretende continuar ativa e cheia de
alegria de viver até onde a saúde
permitir ou até partir para uma outra morada. Há momentos difíceis, sim,
de dor de aflições que acabam por me fortalecer.
Claro que minha filha
colore minha vida, alegra minha vida e me permite direcionar meu amor mas ela
mesma não cansa de repetir que não pode ser minha razão de viver e que devo
pensar em mim, tocar minha vida sem me preocupar tanto com os outros.
Por causa desses
posicionamentos que surgem os ditos “ninhos vazios”. Os filhos partem para
estudar, para casar, para viver sozinhos e os pais caem numa depressão sem fim.
Quando dei a maior
força para minha filha atravessar o mundo e fazer um intercâmbio , muita gente
perguntou como eu tive coragem. Se eu amo minha filha e a crio para ser feliz ,
quero o melhor para ela mesmo que isso tenha que nos afastar por uns tempos.
Foi, voltou mais
amadurecida, teve que se virar . Conseguiu seu objetivo que foi aprender muito
bem o inglês, o que facilita sua vida.
Cada caso é um caso,
eu sei, mas acredito que se as pessoas se amassem mais não dependeriam de
ninguém para serem felizes. Se não forem pessoas inteiras não poderão dar algo
positivo para alguém. Minha filha me ensinou que é muito pesado jogar a
responsabilidade da minha felicidade nela.
Obrigada filha!
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