Acompanhando um ente querido, vivencio dias e mais dias da
rotina de
um hospital entre UTIS,
quartos, salas de observação, elevadores,
corredores...
Confesso que tiro lições a cada instante
e valorizo pequenos detalhes
que passariam
despercebidos no dia- a-dia normal.
Quero enaltecer o
trabalho da enfermagem, dos técnicos de enfermagem,
médicos plantonistas
,fisioterapeutas,
fonoaudiólogos, nutricionistas, cozinheiros, ajudantes ,
responsáveis pela
limpeza ,maqueiros etc.
Homens ou mulheres,
tanto faz. Afinal , dizem que anjos não tem sexo.
Mesmo com certas
carências, esse pessoal se supera, sempre dá um
jeitinho para tudo.
Como se trata de um
hospital em que a maioria dos frequentadores é de
idosos, o carinho, a
atenção, a paciência e o acônchego são primordiais .
O que mais ouço é:
" como está meu amor"? "Vamos logo melhorar para
ir para casa"?
Muitas vezes , as
enfermeiras acabam de trocar a cama e o paciente suja
tudo.
Elas, com toda boa
vontade, voltam, trocam tudo novamente numa rotina
que para mim parece um sacerdócio.
As madrugadas são longas e o entre
e sai desses anjos de
branco é constante, atendendo aos chamados,
cuidando para que tudo
saia da melhor forma possível.
A cada seis horas mudam
os plantões e chega a nova turma de branco.
Tento decorar e chamar
cada um pelo nome, toda vez que peço algo ou
agradeço. São Ednas, Elisângelas,Vânias,
Julianas, Denises,
Suelenes,Thiagos,
Robertas, Reginaldas, Evertons, Jeffersons,
Cyntias, Desirées,
Fernandas e tantos outros.
Cada um dando o melhor
de si e as mulheres dando show.
Sexo frágil? Só se for
fora do hospital. São muito mais dinâmicas, fortes,
determinadas ,
provedoras de lares. A maioria vem de bairros distantes
mas chegam sorridentes e
prontas para dar o melhor de si.
Aplaudo muito, mas muito mesmo esses
anjos de branco que nos
trazem alento, conforto
e esperança.
Esses sim mereceriam
excelentes salários e melhores condições de
trabalho.
Com certeza esses seres
têm uma ligação direta com o " sagrado".
Agradeço por tudo a cada
instante , compreendendo que as falhas fazem
parte e nem sempre dependem deles e
delas
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