Trata-se de uma linda
ilhota em frente à Gargagliani e à cidadizinha da minha família paterna, Marathopolis.
A origem do nome
“Proti” vem do deus Proteus, filho de Poseidon.
Trata-se de uma ilha
situada no mar Jônico, pertencente administrativamente à Gargagliani, que por
sua vez faz parte do município de Trifilia, unidade regional da Messinia e da
região de Peloponeso.
Situa-se a 1,2 Km da
costa de Marathopolis e não tem nascente nem poços de água. É usada para
pastorear ovelhas.Tem vestígios arqueológicos e o mosteiro da Assunção de
Gorgopigi, situado a norte da praia de Vurlias, que é o detsino deee uma
romaria popilar nos dias 15 e 23 de agosto.
O valor arqueológico
dá-se à existência de ruínas de uma acrópole com muralhas e um torrão circular
do período micênico( 1600-1100 a.C) ou
pré- clássico..
No sítio arqueológico
de Grammeno, encontram-se cerca de 30 inscrições das épocas pós- clássicas,
romana e bizantina, com petições para viagens seguras, provenientes dos
viajantes que ali estiveram com seus navios durante tempestades que pediam
proteção dos deuses para prosseguirem suas viagens em segurança.
A igreja lá existente
é dedicada a Nossa Senhora e foi construída sobre um antigo templo dedicado a
Ártemis.
A ilha de Proti foi
mencionada por Tucídides(séc. V a.C), que a descreveu como uma ilha deserta e
como local onde uma frota ateniense de 50 navios provenientes das ilha de
Zakinthos, ancorou temporariamente durante uma noite, durante o sétimo ano da
Guerra de Peloponeso( 434-401 a.C). No dia seguinte a frota derrotou os
espartanos em Pilos.
De acordo com a
tradição local, a ilha foi uma base naval e um refúgio de piratas, cruzados e
serracenos, que ali teriam escondido tesouros. O pirata mais célebre a usar
essa ilha foi Mania tis Katoulias.
Para mim essa ilha tem
um grande valor sentimental porque me
remete a muitas histórias contadas pelo meu pai.
Dizia que na hora em
qua a cidade toda ia descansar após o almoço, hábito dos europeus em geral, as
crianças corriam para o mar. Meu pai
dizia que pegava a tina de madeira, onde minha avó lavava roupas e a usava como
barquinho. Muitas vezes iam até a ilha de Proti.
A minha avó escondia
as roupas do meu pai para que ele não saísse mas, para que roupas?, ele saia nú
mesmo. Duro era voltar antes que a cidade despertasse e entrar pé ante pé para
não ser surpreendido pelos pais.
Hoje , essa ilha é frequentada por turistas e pessoal da
região por ter uma prainha maravilhosa, de águas límpidas e um cenário de tirar
o fôlego.
Agora minha missão é
levar as cinzas do meu pai e deixá-las entre Marathopolis e a Ilha de Proti,
mar onde ele tantas vezes nadou e que ele amava muito.
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