sábado, 1 de outubro de 2016

PROTI, ilha dos piratas em Messinia






Trata-se de uma linda ilhota em frente à Gargagliani e à cidadizinha da minha família paterna, Marathopolis.
A origem do nome “Proti” vem do deus Proteus, filho de Poseidon.
Trata-se de uma ilha situada no mar Jônico, pertencente administrativamente à Gargagliani, que por sua vez faz parte do município de Trifilia, unidade regional da Messinia e da região de Peloponeso.
Situa-se a 1,2 Km da costa de Marathopolis e não tem nascente nem poços de água. É usada para pastorear ovelhas.Tem vestígios arqueológicos e o mosteiro da Assunção de Gorgopigi, situado a norte da praia de Vurlias, que é o detsino deee uma romaria popilar nos dias 15 e 23 de agosto.
O valor arqueológico dá-se à existência de ruínas de uma acrópole com muralhas e um torrão circular do período  micênico( 1600-1100 a.C) ou pré- clássico..
No sítio arqueológico de Grammeno, encontram-se cerca de 30 inscrições das épocas pós- clássicas, romana e bizantina, com petições para viagens seguras, provenientes dos viajantes que ali estiveram com seus navios durante tempestades que pediam proteção dos deuses para prosseguirem suas viagens em segurança.
A igreja lá existente é dedicada a Nossa Senhora e foi construída sobre um antigo templo dedicado a Ártemis.
A ilha de Proti foi mencionada por Tucídides(séc. V a.C), que a descreveu como uma ilha deserta e como local onde uma frota ateniense de 50 navios provenientes das ilha de Zakinthos, ancorou temporariamente durante uma noite, durante o sétimo ano da Guerra de Peloponeso( 434-401 a.C). No dia seguinte a frota derrotou os espartanos em Pilos.
De acordo com a tradição local, a ilha foi uma base naval e um refúgio de piratas, cruzados e serracenos, que ali teriam escondido tesouros. O pirata mais célebre a usar essa ilha foi Mania tis Katoulias.
Para mim essa ilha tem um grande valor sentimental  porque me remete a muitas histórias contadas pelo meu pai.
Dizia que na hora em qua a cidade toda ia descansar após o almoço, hábito dos europeus em geral, as crianças corriam  para o mar. Meu pai dizia que pegava a tina de madeira, onde minha avó lavava roupas e a usava como barquinho. Muitas vezes iam até a ilha de Proti.
A minha avó escondia as roupas do meu pai para que ele não saísse mas, para que roupas?, ele saia nú mesmo. Duro era voltar antes que a cidade despertasse e entrar pé ante pé para não ser surpreendido pelos pais.

Hoje , essa ilha  é frequentada por turistas e pessoal da região por ter uma prainha maravilhosa, de águas límpidas e um cenário de tirar o fôlego.

Agora minha missão é levar as cinzas do meu pai e deixá-las entre Marathopolis e a Ilha de Proti, mar onde ele tantas vezes nadou e que ele amava muito.













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